Em 2011 já são três os recém nascidos que morreram no município – dois a mais do que em 2010 quando apenas uma criança foi a óbito. De acordo com o enfermeiro da secretaria de Saúde do município, Rogério Nunes, a principal causa dessas mortes é a fatalidade, “e o pior é a perda dessas vidas”. Ele explica todos os procedimentos do acompanhamento das gestantes no pré-natal, que engloba realização de consultas médicas, avaliações e diversos exames laboratoriais – ações que têm como objetivo detectar e tratar precocemente doenças ou condições que possam exercer efeitos danosos na saúde da mãe e/ou do bebê – foram rigorosamente seguidos. Entretanto, segundo ele, os óbitos ocorridos possivelmente estão ligados à: gravidez de risco (nascimento prematuro); criança cardíaca; e Sepse (um conjunto de manifestações graves em todo organismo por causa de uma infecção). Duas destas crianças estavam internadas numa UTI pediátrica em Porto Alegre.
A secretaria de Saúde do município já entrou em contato com a 16ª Coordenadoria Regional de Saúde para explicar a situação e reverter a questão da receita financeira. Na visão do enfermeiro é injusto atrelar fatalidades às políticas de saúde pública, já que não houve negligência nas instituições de saúde do município. Os três casos estão sendo investigados, e se confirmadas as presunções suspeitas, o município não deixará de receber recursos. A secretária de Saúde Maria Helena Matte afirma que “a Administração Municipal se preocupa com a saúde de toda população, oferece suporte do pré-natal à terceira idade”. A pasta, conforme ela, já investe mais do que o previsto em lei, que estabelece 15%.
O índice de qualidade de vida avalia o peso dos bebês ao nascer, óbitos até cinco anos e a expectativa de vida dos recém nascidos, e partir disso estipula a porcentagem dos valores em recursos repassados aos municípios. O secretário da Fazenda, Nédio Lorenzini não soube dizer o valor exato que deixará de ser arrecadado. Ele revela que os fatos, apesar de terem ocorrido neste ano, só vão interferir no orçamento de 2014.
