Assunto que tem gerado discussão nos últimos dias, divulgado por órgãos de imprensa e que merece reflexão: o retorno dos uniformes escolares. Esta prática foi adotada por volta de 1890 por alunos da Escola Normal, a de formação de professores, aqui no Estado. Já nas décadas de 1920 e 1930 as escolas mais tradicionais optaram pelo modelo. Atualmente apenas alguns colégios seguem a ideia.
Pois recentemente o uso de uniformes nas escolas estaduais do Rio Grande do Sul voltou à pauta do Conselho Estadual de Educação, que recomenda que as escolas adotem a medida. A ideia é estabelecer uma relação mais igualitária entre alunos, aproximando diferentes classes sociais. Outra justificativa é que o uso do uniforme é uma ferramenta no combate ao bullying e à violência escolar. Pois o assunto é controverso e gera debate, sob a alegação de perda de liberdade na escolha da roupa e do alto custo para as famílias.
Para alguns o uso de uniforme traz mais vantagens que desvantagens. Facilita a identificação do aluno, tanto na escola como na rua; evita a violência; dá maior segurança e é também eficiente em casos de constrangimento entre alunos e pais, no fator econômico. Para estes as escolas podem buscar alternativas para famílias carentes.
A medida não é obrigatória. Vai da situação de cada instituição, pois trata-se apenas de uma recomendação, uma ferramenta a mais no processo pedagógico. De acordo com informações publicadas em jornais nesta semana, a maioria dos pais é favorável porque o uso de uniformes oferece segurança na realização de passeios escolares. Diz uma aluna que tem que pensar no que vai usar antes de ir para a escola, “senão sou ignorada ou tachada por apelido, se repetir muito a roupa”. Para outros, o uniforme reduz a diferença social. “A escola parece um desfile de moda. Cada um aparecendo mais que o outro. E se você não está na moda pode não ser aceita no grupo”. Está dando o que falar, pois é assunto merece muita discussão.
Nova invasão
Os leitores devem recordar de uma situação ocorrida há cerca de três anos, quando um grupo de moradores de Travesseiro “invadiu” o território de Marques de Souza para abrir um acesso para o hospital em função da teimosia de alguns líderes locais que ignoravam a situação. Pois agora um fato semelhante pode ter ocorrido, mas envolvendo moradores de Progresso. Esta nova “invasão” seria de moradores progressenses, que com pás e enxadas arrumaram parte de uma estrada que liga os distritos de Tamanduá e Xaxim. Se confirmado o fato, aguardam-se desdobramentos para as próximas horas.
DNA
Possíveis remanejamentos de professores em escolas da região geraram correrias, pressão e movimentação nas comunidades envolvidas. Algumas situações foram revertidas, para o bem de todos. Com isso, aparecem agora diversos “pais das crianças”, ou seja, pessoas querendo tirar proveito como salvadores da pátria em cima da situação. Lamentável quando não se pensa no coletivo.