Acredito nos números tão logo me convenço que eles não mentem.
Nada tenho a corrigir observando os que foram apresentados recentemente pelo IBGE: os gaúchos são a 4ª parte dos brasileiros que retornam ao país.
O Ser Humano é sonhador, aventureiro e ousado, mas também um Ser gregário (instinto que o leva a aproximar-se dos demais, abrindo mão de suas individualidades, costumes e ritos, entre outros itens).
Sendo assim, como não saudar quem se dispõe a voltar para casa, considerando-se que as atuais condições da Terra tornam esse gesto, no mínimo, compreensível, para não dizer, necessário.
Pensem comigo: aquela parte do nosso Hino “Sirvam nossas façanhas, de modelo à toda Terra, de modelo à toda Terra”, mostra que estamos longe de pensar pequeno, não é mesmo? Por que não ousar?
Agora, ousadias e conquistas têm os seus limites: as projeções de inúmeros Magos da Economia Mundial, com vistas a um futuro próximo, são bem mais alentadoras para o Brasil do que para os Estados Unidos, por exemplo.
Acabamos de ingressar entre os grandes produtores de petróleo, na prática, com uma possível reserva calculada em 100 bilhões de barris – incluindo os do pré-sal – batendo recordes em agricultura, pecuária, atividade industrial, exportação e informática; estamos convencidos da necessidade de melhorar nossa Educação e nossos cuidados com a Saúde e Habitação, tornar nosso Transporte mais seguro e moderno, manter nossa Inflação sob controle, reforçar nossa Segurança e sedimentar nossa imagem de país alegre, pacífico e trabalhador.
Voltar ao Brasil, assim, é inteligente.
Mas, por que ao Rio Grande do Sul?
Ora, um grande compositor brasileiro, Tito Madi, fez uma música explicando porque saía: “Rio Grande do Sul, vou embora sem amor, vou embora do Rio Grande, vou tão só com a minha dor…”.
Mas, na mesma música deixou a porteira aberta para o retorno: “Rio Grande do Sul, eu um dia voltarei, pra rever o meu Guaíba, pra rever meu bem querer…”.
A verdade é que grande parte dos gaúchos que foram está voltando também da Europa, reino do Euro, onde dos 17 integrantes da “1ª Divisão”, 2 correm o risco de serem “rebaixados”, se é que me entendem; tratam-se de dois países admirados por todos e a quem o mundo muito deve: um deles criou os Jogos Olímpicos e o outro, até o ano passado, sempre se fez presente nas CPIs, invariavelmente terminadas em Pizza.
Se a ameaça econômica assusta até Europeus, o que não faz com brasileiros, que para lá foram buscando justamente o contrário do que encontram hoje, em alguns países?
Tudo ok. Brasil, então; mas por que Rio Grande do Sul? Pergunte a eles e a resposta será: “Eu quero me banhar nas fontes e olhar horizontes com Deus e sentir que as canções nativas continuam vivas para os filhos meus; ver os campos florindo e crianças sorrindo felizes a cantar, e mostrar para quem quiser ver um lugar pra viver sem chorar.” Ah, amigo Leonardo, se pudéssemos te ver entre os que retornam com os argumentos que acima criaste: o “céu, sol, sul, terra e cor” é nosso 2º Hino, logo depois da Aurora Precursora.
Tsunamis, terremotos, maremotos, vulcões e furacões são hoje, lamentavelmente, os sons mais ouvidos nos recantos orientais do nosso planeta.
Enquanto isso, guerras fratricidas e governos de exceção, aos poucos, mundo afora, vão manifestando um tipo de canção bem diverso ao encontrado no repertório do nosso dia-a-dia.
Temos os nossos problemas, claro, mas estamos convictos de que podemos resolvê-los; provas disso estão sendo dadas quase que diariamente.
Voltar ao Brasil? Claro: – “É o Brasil do meu amor, Terra de Nosso Senhor. Brasil, Brasil; pra mim, pra mim…”.
Por que ao Rio Grande do Sul? – Porque “É o meu Rio Grande do Sul, céu, sol, sul, terra e cor; onde tudo que se planta cresce e o que mais floresce é o amor!”
* Kleiton & Kledir