Ao realizar uma pesquisa sobre Turismo, na Década de 70, em Porto Alegre, uma das respostas que mereceu minha especial atenção foi: “Porto Alegre não tem vocação turística”.
Até hoje, busco eliminar essa frase da cabeça de todas as pessoas, pela simples razão de que nada a justifica e, acima de tudo, porque se seus efeitos danosos vierem a crescer, outras cidades poderão sofrer, cedo ou tarde, da mesma “verdade mentirosa” e aí desistir de bons projetos em nome de um engano.
Uma cidade é ela e suas circunstâncias, digo, seguindo Ortega Y Gasset, que utilizou essa definição para referir o homem.
Qualquer cidade do Mundo em fase de expansão e determinada a entrar no Mercado de Turismo, encontra-se perfeitamente apta a ser preparada para isso.
É necessário, apenas, que sejam colocados a serviço do Turismo Receptivo, cérebros capazes de pensar a melhor maneira com a qual ela, cidade, disporá dos elementos motivacionais a seu alcance, para levar as pessoas a conhecê-la.
Dentro do que acabo de referir, a pesquisa feita em Porto Alegre há cerca de 35 anos, revelou um detalhe fundamental da Capital gaúcha: já naquela ocasião, Porto Alegre era uma das cidades brasileiras mais importantes no segmento Negócios na área do Turismo. Por isso, utilizada com grande frequência, para convenções, congressos, lançamentos e debates de produtos e serviços, o que era facilitado pelo número altamente expressivo de leitos qualificados disponíveis em uma rede de hotéis à altura de qualquer comparação com as principais cidades dos maiores Estados.
Hoje, o conceito mudou, para melhor: do ponto de vista de Turismo de Negócios, Porto Alegre – percentualmente – disputa a liderança com a Capital Paulista, o que leva à extensão de uma verdade que, aí sim, deve ser dita: o Rio Grande do Sul – Capital e Interior do Estado – pode considerar-se muito bem servido quanto à hotelaria e, com a mesma referência, premiar restaurantes, churrascarias, cafés, cafés coloniais (em especial, no Interior) e tudo o mais que possa ser usado para garantir uma estada sem percalços, nas áreas de alimentação e repouso.
Transferir essas referências para lojas – de todos os segmentos – é o mínimo que se pode fazer, orgulhosos que somos com a qualidade de tudo o que é possível encontrar no RS, no setor de Negócios, pelos mais exigentes.
É importante, porém, lembrar que pouco mais de 700 dias – digamos que sejam dois anos – nos separam da Copa das Confederações (2013), a competição utilizada pela FIFA como uma espécie de “prova dos 9” para testar a estrutura que será disponibilizada pelo país anfitrião do Mundial, a ser jogado no ano seguinte.
O fato de ser da responsabilidade do Setor Público a absoluta maioria das providências para viabilizar as duas competições, aumenta a importância da participação de todos os gaúchos em ações que visem a apresentar o Estado e sua Capital aos visitantes, dentro do máximo de sua beleza e qualidade de vida.
A imagem que Porto Alegre e o Estado construíram, pouco a pouco, capaz de orgulhar a todos os gaúchos, deve ser respeitada, valorizada e cuidada por todos nós.
Está na hora de garantirmos para sua cidade, esteja onde estiver no mapa gaúcho, a imagem que você gostaria que todos vissem.