A Comunidade Católica de São Caetano está se empenhando na reforma e reestruturação do Cemitério Católico da comunidade, localizado no Morro Vermelho.
A discussão que busca melhorar a aparência do cemitério tem mais de cinco anos. Porém, a tarefa de reestruturação não será fácil. Conforme Adelaide Schneider e Lúcia Horn, presidente e tesoureira da Comunidade Católica São Caetano, o projeto demorou para sair do papel, pois a comunidade tinha que ter recursos para as obras. “Primeiramente nos preocupamos em fazer a reforma da igreja e da capela mortuária, em 2000. Com essa parte concluída, a comunidade começou a fazer caixa para a reestruturação do cemitério”, afirmam.
Lúcia salienta que o visual do cemitério era ruim e a manutenção complicada. Por ser um cemitério antigo, há túmulos abandonados e outros sem identificação. Um dos mais antigos encontrados no local é do ano de 1871, onde está enterrado Johann Gerhardt, que, segundo a história, seria um dos primeiros moradores de Arroio do Meio.
O projeto será executado em quatro etapas. A primeira delas envolve a colocação de muro, calçada e duas rampas internas. Na segunda etapa, será feito o cercamento da área. Um projeto de arborização envolve a terceira etapa e, por fim, a última etapa consiste na construção de uma galeria para onde serão removidos os túmulos antigos. Somente a primeira etapa terá um custo de aproximadamente R$ 55 mil.
No momento está sendo executada a construção do muro. Lúcia explica que este já deveria estar pronto, porém, o tempo não ajudou. A previsão é de que, se o tempo colaborar, em um mês esta parte da obra esteja concluída. Além do muro, também será feita uma calçada de 2,5 metros de largura. “A estrada era muito estreita, então recuamos a calçada em dois metros, deixando a estrada mais larga para facilitar o trânsito”. Nos fundos e laterais será colocada cerca. Além disso, também serão feitas duas rampas internas pavimentadas, com 35 metros de comprimento e três metros de largura.
Com a conclusão das duas primeiras etapas, será a vez de fazer a reestruturação dos túmulos antigos. Adelaide e Lúcia salientam que essa será a parte mais complicada. “Muitos túmulos estão abandonados e sem identificação. Vamos ter que abrir estes túmulos para ver se ainda há restos mortais e se houver eles serão colocados na galeria. Mas esse trabalho será demorado, pois antes de abrir os túmulos temos que ver se existem parentes dessas pessoas por aqui, para que autorizem isso”, enfatizam.
As quatro etapas serão feitas aos poucos de acordo com os recursos da comunidade. Até o momento, só se sabe o valor da etapa inicial, das demais nem levantamento de custos foi feito ainda. “O trabalho será devagar, pois a tarefa não é fácil. Há muito para se fazer”, afirma Adelaide. Lúcia frisa que a comunidade está preocupada em restaurar o cemitério, visando preservar a história do município.
A área que compreende o cemitério tem 142,5 metros quadrados. A tesoureira explica que não há informações concretas sobre sua origem. A única coisa sabida é que o antigo dono do terreno permitiu a utilização dessa área para sepultar os mortos da localidade. Em 1989, através de um processo judicial, foi determinado que essa área deve ser utilizada exclusivamente para fins de cemitério.