Na quarta-feira desta semana, 10, foi promovido pelo governo do Estado o processo de definição de prioridades para a elaboração do orçamento para 2012.
“A participação popular e cidadã”, como propõe a coordenação do processo, teve em um primeiro momento as consultas regionais, com o envolvimento dos Conselhos, no nosso caso o Conselho de Desenvolvimento do Vale do Taquari (Codevat), tendo sido elaborada uma lista de projetos considerados importantes e pertinentes às mais diferentes áreas.
No campo da produção agropecuária, agronegócio, agricultura familiar, havia um conjunto de sugestões para a busca de recursos ou investimentos do Estado, destacando-se incentivos à fruticultura nos municípios da parte alta da região, a criação de um ou mais centros regionais de processamento e comercialização de produtos oriundos das agroindústrias regionais, a aquisição de máquinas, equipamentos, insumos e pastoreio para o fomento à bacia leiteira do Vale do Taquari, a execução de projeto de sanidade bovina, que trata do controle e erradicação da brucelose e tuberculose, cursos de qualificação para trabalhadores rurais para atuarem em feiras de produtores, implantação de unidades composteiras, apoio à produção de alimentação escolar, por pequenos produtores rurais, através de assistência técnica e extensão rural, criação de incubadora regional de agroindústrias familiares, dentre outras ideias.
A cédula de votação do orçamento participativo contemplava ainda outros projetos nas áreas da segurança pública, na educação, saúde e meio ambiente, com a ciência de que há atribuições e responsabilidades constitucionais que, ao natural, recaem sobre o Estado.
O processo da consulta popular, em que pese o apelo para a população participar, com o seu voto, tem o seu maior mérito no envolvimento de cada eleitor com a aplicação dos recursos públicos. É evidente que nem sempre se consegue que as decisões da população sejam correspondidas com o atendimento, o que ao longo dos anos tem ficado latente e comprovado, bastando lembrar de intensas mobilizações desenvolvidas e os seus resultados práticos, aquém do desejado.
Não tenho noção da quantidade de eleitores que participaram do processo desta semana. De qualquer forma, louva-se mais uma vez a oportunidade que todos tiveram para demonstrar sua vontade em ver projetos interessantes serem executados.
Jovens rurais
É oportuno destacar a iniciativa da Secretaria Municipal de Agricultura em promover no último sábado, dia 6, o encontro de jovens rurais, na localidade de Forqueta.
Segundo informações colhidas, o número de participantes foi reduzido, ao redor de 22. A convocação ou apelo certamente foi dirigido para mais jovens, sem que houvesse uma resposta esperada. Mas, como de hábito, há os que dizem que importa mais a qualidade do que a quantidade.
A rapazeada é mais inteligente do que alguns imaginam. Não é com ilustrações, com um vídeo sobre o que o governo fez, que ocorre a sensibilização. O jovem quer ouvir propostas, quer ter a certeza do que eles podem esperar daqueles que têm o poder de fazer algo. O jovem assimila e responde ao que a ele interessa. Por esta razão, destacam a qualidade da palestra proferida pelo convidado, da Unisc.