A notícia do surgimento de focos de febre aftosa no Paraguai deixa em alerta as autoridades sanitárias brasileiras.
Este fato traz, na verdade, uma preocupação imediata aos pecuaristas de toda a região Sul do país, pelo alto grau de propagação da doença e pelas consequências danosas que a infectação proporciona aos rebanhos atingidos.
Em que pese um conjunto de medidas preventivas que os organismos governamentais estão tomando, com cuidados especiais no que se refere ao trânsito de animais vivos, bem como qualquer produto de origem animal, vem à tona o questionamento sobre a eficácia das campanhas de vacinação contra a febre aftosa. Pois, é corrente o comentário de que há produtores rurais, pecuaristas, que não levam a sério a exigência legal e sempre encontram meios de driblar a vigilância, fazendo de conta que aplicam as vacinas quando isso de fato não acontece.
Mesmo acreditando que os nossos rebanhos não venham a ser atingidos por esta nova onda da febre aftosa paraguaia, não vai faltar quem explore isso como mais um argumento para barrar a compra de carne, desta feita, bovina, somando-se aos embargos já impostos principalmente para a carne suína, cuja crise já se estende por um tempo demasiadamente longo, sem que as autoridades brasileiras consigam resolver o impasse. Há inclusive a ameaça de que, se dentro de um mês ou pouco mais o quadro não mudar, as indústrias, frigoríficos, inevitavelmente, terão que iniciar um processo de demissão de funcionários.
Sanidade na produção do leite
A sanidade é, indiscutivelmente, condição elementar para os produtos de origem animal, destinados ao consumo humano. Isso nós estamos discutindo, debatendo, com maior ênfase, há dois anos, nos referindo à produção do leite, especialmente nesta nossa região.
Foi por esta razão que a Comarca de Arroio do Meio construiu o projeto de erradicação da tuberculose e brucelose, dando recentemente origem à constituição do Vale dos Lácteos e que, consequentemente, dará origem ao surgimento do Programa Leite Gaúcho, encampado pela Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, mas, com certeza, inspirado nas iniciativas do Vale do Taquari, que produz diariamente em torno de 3,5 milhões de litros de leite, o equivalente a 35% da capacidade de processamento do Estado.
Um dos maiores objetivos da criação do Leite Gaúcho é a qualificação das famílias envolvidas com a atividade, para que se tornem profissionais naquilo que fazem.
Seguidamente recebo manifestações de produtores que, embora aplaudam as iniciativas de criação de projetos e programas especiais, na atividade de produção de leite, acentuam a necessidade de maiores garantias, sobretudo, uma política de preços mais estável e confiável.
Boatos
Dão-se como verdadeiras as informações sobre negociações entre a BRF (Brasil Foods) e a Doux Frangosul, envolvendo o destino de unidades de produção e de abates de suínos desta. Pode estar se iniciando, assim, o processo de solução dos problemas financeiros da Doux.