O dermatologista Cristiano Lange explica que se trata de uma doença benigna não infecciosa e não contagiosa, considerada de causa multifatorial, sendo o aspecto principal a autoimunidade, quando o próprio organismo produz anticorpos que atacam as células responsáveis pela pigmentação da pele. “Apesar de ser considerado possível, não se sabe até que ponto o vitiligo pode ser influenciado por questões emocionais”, destaca.
Caracterizado pela perda de cor da pele, o vitiligo não apresenta outros sintomas no corpo. Pode se manifestar em qualquer parte da pele, sendo mais comum surgir no rosto, punhos, dedos, genitália, dobras naturais da pele, ao redor dos orifícios naturais e saliências ósseas.
Uma questão que o dermatologista enfatiza é que a doença em si tem grande impacto na qualidade de vida da pessoa afetada, mas não devido às lesões que apresenta, que são benignas, mas, sim, ao preconceito e desconhecimento sobre ela que as outras pessoas apresentam. Por isso sugere que “a melhor forma de lidar com isso é através do tratamento adequado e uma maior informação das pessoas a respeito da doença. O auxílio de um psicólogo pode ser útil para lidar com a aceitação da doença, mas a informação adequada a respeito do vitiligo é o ponto principal para o seu entendimento e tratamento”.