O mês de setembro, em todos os anos, provoca uma série de mobilizações e festividades que têm relação com o tradicionalismo. E hoje já não é apenas no Rio Grande do Sul que acontecem determinados eventos, uma vez que em vários outros estados existem entidades, centros de tradições gaúchas, que celebram um passado de feitos marcantes, mas que também demonstram um culto aos valores que vão se imortalizando.
Danças, poesia, declamações, churrasco, botas, chimarrão, são, entre tantos outros, sinais e elementos de ligação com uma riqueza de valores que simbolizam um perfil de determinação, de energia e disciplina do povo que se identifica. Mas existe um componente especial neste conjunto da cultura própria, que é o cavalo.
A relação do homem com o cavalo é algo extraordinário na história das tradições. Trata-se de uma interação, conivência e de uma parceria que atravessa séculos e, ao contrário que se poderia imaginar, expande-se cada vez mais, fortalecendo-se com o surgimento de novos cavalarianos, especialmente no interior, onde jovens adotam o hábito da utilização do cavalo para uma prática de cultura, sadia e de lazer.
A Semana Farroupilha é a reafirmação de muitos valores que se conjugam com as manifestações da Semana da Pátria. São momentos, não de volta ao passado, mas de destacar-se o brio, a superação e a determinação de quem é brasileiro e especialmente gaúcho.
Integradoras e integrados
De longa data existem debates e questionamentos sobre a vinculação das empresas integradoras com os produtores, que participam de sistemas de integração, prática verificada nas cadeias de produção de suínos e de frangos de corte.
O modelo que conhecemos é o que estabelece uma relação, na qual as empresas fornecem os leitões e os pintinhos, além dos insumos – ração, medicação e a assistência técnica. O produtor, por sua parte, participa com as instalações, mão de obra, gastos com energia, consumo de água e outros itens. E não podemos esquecer o pesadelo que representa para a maioria dos agricultores a habilitação às exigências legais na parte dos licenciamentos ambientais.
A discussão desta relação está chegando ao Congresso Nacional, já havendo propostas de uma legislação que possa ajudar na definição ou na distribuição de responsabilidades. O que hoje se constitui de empregado na informalidade deverá migrar para uma vinculação formal, com embasamento legal, em que os direitos trabalhistas poderão ser aplicados, férias, 13º salário, FGTS, dentre outras coisas que serão pautadas.
Vonpar/Neugebauer
Comemoramos, todos, a feliz e histórica decisão da Vonpar em instalar em Arroio do Meio a fábrica de chocolates Neugebauer.
Não há como não remeter este fato ao período de 2003/2005 quando a comunidade local mobilizou-se pela manutenção da Wallerius, que na época estava saindo do município. Graças a pessoas com visão de futuro, foram superados entraves e algumas resistências muito grandes. É preciso reconhecer em Ardêmio Heineck, Valmor Mantelli, Danilo Bruxel, Acisam, CDL, Câmara de Vereadores, Promotoria Pública, grupo de assessores do governo municipal, como sendo referências que multiplicaram esforços para o grande momento de hoje. Parabéns Administração Municipal, parabéns Arroio do Meio por esta imensa conquista.