No ano de 2005, precisamente em 18 de agosto, foi instituído o Dia Nacional do Campo Limpo que visa conscientizar os trabalhadores pela importância da tríplice lavagem, entrega e recolhimento de todas as embalagens de agrotóxicos e outras espalhadas sem a devida coleta e destinação. Nos últimos anos, o Brasil se tornou o maior usuário de agrotóxicos do planeta. A própria aplicação acontece de forma muito variada e eventualmente até inadequada. Talvez porque há pessoas que pensam que os acidentes não acontecem com elas, outras não possuem o devido conhecimento, até porque não interpretam a bula, o que favorece o uso indevido que pode resultar em acidentes graves e até óbitos. Sabe-se que existem produtos que podem matar instantaneamente e outros simplesmente ficam acumulados no organismo e quando a fatalidade acontece vem o questionamento: “como isto aconteceu ? Sempre era uma pessoa saudável.”
O Dia Nacional do Campo Limpo passou praticamente inexpressivo no Estado. No entanto, em outros estados, além deste dia ser especialmente dedicado ao uso racional de agrotóxicos e o respectivo tratamento às embalagens, mobilizou também comunidades inteiras para livrar o meio ambiente de quaisquer embalagens de diferentes natureza. Escolas foram mobilizadas para promover o recolhimento de embalagens e plásticos também no meio urbano, enfim, entre tantas outras finalidades, este dia e todos os demais devem ser usados para conscientizar a parcela da população que ainda hoje, em pleno ano de 2011, é capaz de lançar fora do veículo garrafinhas pet e embalagens de cigarros, de balas ou outras guloseimas. Parece impossível, mas são fatos registrados com altíssima frequência, inclusive, os pais dando o infeliz exemplo aos filhos de qualquer idade.
Referente às embalagens de agrotóxicos, especialmente aqui na região, merece um forte elogio a iniciativa da Fundação Pró Rio Taquari que anualmente realiza mutirões com as principais empresas que comercializam o produto para recolher as embalagens vazias e dar a destinação correta para a reciclagem.
No meio rural, de uma ou de outra forma, a maioria dos produtores usam estes produtos como uma espécie de ferramenta indispensável na atividade. É uma questão de consciência e necessidade de cada pessoa. No entanto, às vésperas de se encaminhar uma nova safra, é construtivo o recado para o uso consciente. Usar somente o que efetivamente for o necessário e nunca lançar restos em córregos, arroios ou qualquer espaço do meio ambiente. Mais cedo ou mais tarde, o efeito nocivo pode atingir a própria pessoa ou seus familiares. É a conscientização que faz a diferença para um planeta mais saudável, analisa e adverte a direção do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Lajeado.