A feira de produtos da agricultura familiar que em Arroio do Meio ocorre em dois sábados em cada mês marcou no último dia 03 o seu primeiro aniversário.
A Secretaria Municipal de Agricultura, em companhia da Emater, tem assegurado as condições e a estrutura para que a população urbana pudesse beneficiar-se com a aquisição de produtos vindos do meio rural, imunes de agrotóxicos ou outros tipos de venenos, não recomendados para alimentos de consumo humano.
O espaço da feira vem sendo importante para que o agricultor consiga disponibilizar para a população dos centros urbanos um conjunto de itens, de produtos que normalmente o interior tem em abundância, mas que o consumidor da cidade, quando for adquiri-los nos supermercados, encontra-os com a qualidade duvidosa e o preço em outros níveis.
Ao longo deste primeiro ano de funcionamento em que a feira procurou afirmar-se e consolidar-se, o consumidor teve um papel decisivo. Já está se criando uma “cultura” de feira, incorporada aos hábitos da população, o que outras cidades ou outros locais conquistaram há bem mais tempo e os moradores das cidades dão um valor relevante às bancas que satisfazem as suas necessidades de compra.
Me parece que os expositores, tanto os de produtos agrícolas quanto as pessoas que comercializam produtos de artesanato, estão aproveitando bem o espaço público, fazendo bons negócios, no objetivo de agregarem valor ao seu trabalho e ao seu produto, tentando conquistar a confiança e a credibilidade de um consumidor, com certeza, exigente e que poderá evoluir na sua fidelidade, na medida em que esta relação for ampliada e reforçada.
Preciso mencionar o envolvimento do Grupo Ecológico, de Forqueta, neste processo de fixação da feira do produtor. Embora os seus integrantes já tivessem um local de comercialização de seus produtores, que é o supermercado do STR, eles assumiram mais este espaço da praça, com uma diversidade de produtos, com a garantia de qualidade e com a utilização de um sistema de produção onde não há a presença de agrotóxicos.
A partir deste primeiro ano de feira, com a base construída, possivelmente será mais fácil avançar e crescer na atividade. É uma troca de interesses que traz benefícios a todos.
Biodigestores
A abordagem deste assunto vem a propósito de uma constante preocupação dos produtores das cadeias de suínos, frangos e gado leiteiro e de corte, cada vez mais desafiados a encontrarem soluções para a destinação de dejetos produzidos nos estabelecimentos.
Há regiões no país onde são desenvolvidas as atividades mencionadas e o tratamento dos resíduos está mais adiantado e dominado. E o desenvolvimento de projetos de biodigestores chama a atenção, pois indica um melhor aproveitamento dos dejetos animais.
A obtenção, a partir do biodigestor, do biogás e do biofertilizante (fertilizante líquido, e grande valor orgânico), pode viabilizar investimentos necessários e proteger, com maior segurança, o meio ambiente e os recursos naturais. Acho que vale a pena os órgãos governamentais e técnicos darem uma atenção especial ao assunto.