Apesar de ser atribuída a uma dezena de fatores — desde estres¬se até doenças do aparelho digestivo —, cerca de 90% dos casos de halitose têm origem na cavidade bucal.
Conforme Celi Vieira, cirurgiã-dentista que coordenará o Fórum Fatos e Mitos sobre Halitose no próximo Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo (30º Ciosp), em janeiro de 2012, “distúrbios nas vias aéreas superiores, metabólicos, hormonais, hepáticos, renais e até mesmo hipovitaminoses devem ser levados em consideração no diagnóstico da halitose. Entretanto, o que geralmente encontramos são infecções periodontais, inflamação gengival, próteses mal adaptadas, e, principalmente, desvios de padrão salivar que — juntos ou não — culminam no indesejável mau hálito.”
Teste seu hálito
Maurício Duarte da Conceição, membro da Associação Brasileira de Halitose, diz que existem diferentes níveis de severidade do mau hálito, que vão de 0 (ausência de odor) a cinco (halitose severa, quando o odor é percebido em todo o ambiente e é muito difícil de ser tolerado). O nível 1 é dificilmente percebido. Já o 2 é notado ao soprar ou expirar a uma distância de 30 centímetros. Já o nível 3 é quando o odor pode ser percebido a cerca de 30 centímetros. O de nível 4 pode ser sentido a um metro de distância. (Fonte: Adaptação Caderno Vida/ZH, 15/10/11)
Capriche na higiene
• Fique atento à higiene bucal: escove bem os dentes após as refeições e use escova interdentária, fio ou fita dental. Isso evita a proliferação das bactérias, causadoras de cárie, doenças periodontais e halitose. Bochechos com produtos específicos também ajudam.
• Higienize bem a língua. Quando a crosta esbranquiçada que reveste a parte superior da língua (saburra) for espessa, utilize um limpador apropriado para removê-la. Quando for fina ou invisível, limpe o dorso da língua com uma gaze, sem colocar força.
• Evite recorrer a balas e gomas de mascar para mascarar o mau hálito. Esse tipo de solução paliativa só piora o quadro, podendo haver desdobramentos na saúde como um todo.
• Beba muita água e evite bebidas com alto teor de cafeína, como café e alguns tipos de chá, como o preto, o verde e o mate.
• Recorra a um cirurgião-dentista ou a um periodontista para avaliar as condições de saúde das estruturas de suporte dos seus dentes.
• Esse profissional deverá realizar uma descontaminação criteriosa a cada seis meses, além de identificar eventuais lesões de cárie, infecções periodontais e problemas sistêmicos que contribuem bastante para agravar a halitose.