O prazo para filiar futuros candidatos encerra na próxima sexta-feira, dia 7, um ano antes da eleição. Líderes de partidos se movimentam na busca de novos filiados, seja para disputar uma vaga na Câmara ou para reforçar a base partidária. A julgar pelo mistério dos representantes das siglas, a disputa por novos e importantes filiados parece intensa nesses últimos dias. Questionados sobre as novas filiações, a grande maioria faz mistério e não divulga quem são os novos integrantes do partido. Alguns desconversam, dizem que todos são importantes e outros temem que ainda pode haver reviravoltas e preferem manter o sigilo. Divulgar os nomes só depois de tudo acertado, a ficha assinada e registrada.
A mesma indefinição permanece quando os políticos são sondados quanto a possíveis coligações. “Estamos abertos ao diálogo” é a resposta mais comum, embora é sabido que determinados partidos tenham maior afinidade entre si.
No PMDB, por exemplo, presidido pelo vice-prefeito Klaus Schnack, a prioridade é o compromisso administrativo para com o PT, com o qual formam a coligação, e com o DEM e o PTB, que apoiam a atual administração. “Estamos conversando com estes”, afirma Klaus não descartando tratativas com outros partidos. “Não há nada fechado. Havendo condições e relações, dentro das convicções administrativas e políticas, estamos abertos a conversar com todos”. O presidente praticamente descarta uma possível aliança com o PP. Não em decorrência de mal-entendidos do passado, mas pelo fato de ambos os partidos terem intenção de lançar candidato próprio. Hoje, segundo Schnack, Sidnei Eckert é candidato à reeleição.
Quanto às novas filiações, Klaus diz que o partido busca durante todo o ano filiar pessoas que se encaixam na filosofia do PMDB. Ele observa que todos os novos filiados são importantes, por isso prefere não dar destaque para algum em específico. O presidente ainda informa que no sábado devem ser filiadas novas pessoas, no almoço promovido pela ala jovem no Juventude de Forqueta Baixa.
Já no PP, que tem à sua frente o vereador Gustavo Kasper ainda há nomes com possibilidade de candidatura a serem confirmados. Segundo Kasper foram cerca de 30 filiações nos últimos dois meses. Várias de potenciais candidatos. Quanto às coligações, ainda não há nada definido. Os progressistas estão conversando com praticamente todos os partidos. A única exceção é para com o PMDB, cuja aliança, para Kasper, é uma possibilidade distante, tendo em vista o atual cenário político.
O PV e o PT estão trabalhando em novas filiações. Segundo Lúcio Bersch, vice-presidente do PV, a sigla vem fazendo um trabalho de base, conquistando novos filiados. Por enquanto ele prefere não revelar nome dos novos partidários. O mesmo trabalho está sendo feito no PT, de acordo com o presidente em exercício Euclides Scheid. Os petistas têm novos filiados e preparam sua nominata de candidatos.
O PDT ainda trabalha em cima de novas filiações, embora já tenha registrado um bom número no decorrer do ano. O sigilo quanto aos nomes também é praticado pelo secretário do partido, Paulo Schnorr. Ele afirma que o PDT busca filiar pessoas que se identificam com o partido e, geralmente, quem se filia tem interesse na política. Quanto às coligações, Schnorr acredita que é cedo para falar, e defende que o ideal seria cada partido concorrer sozinho, o que é inviável nos atuais moldes políticos.
Para o PSDB, a situação é um pouco diferente. De acordo com o presidente José Arno Kehl, não há novas filiações e o partido está apostando nos nomes que já possui. No entanto, os tucanos já têm propostas para coligação e estão analisando qual será a melhor.