A algazarra ultrapassou a mureta da estação de tratamento de água (ETA) da Corsan na rua Maurício Cardoso, Centro de Arroio do Meio. Nos últimos meses, vestígios de preservativos têm sido encontrados frequentemente dentro do pátio da companhia. A prática é apontada como consequência do uso desenfreado de drogas no local e proximidades durante a noite. A popular mureta que cerca a sede – de um metro de altura – utilizada ao longo dos tempos para bate-papos e namoricos nos fins de tarde, não é mais o limite. Adolescentes, jovens e em alguns casos até adultos, após as preliminares ou o convite para um “pega” ou “tapa” numa droga – ultrapassam a mureta adentrando o pátio da Corsan, para efetivarem o latente desejo. E o pior, cometem essas proezas com a sensação de não serem vistos. Alguns moradores das proximidades, que não quiseram se identificar, disseram que a algazarra se deflagra há poucos meses e se estende até altas horas – às vezes até a madrugada. O principal motivo do aumento do movimento apontado por eles é a ausência de um guarda noturno na Corsan, que não tem mais monitoramento de segurança há dois anos.
O gerente da Corsan, Jaime Luiz Bersch, alega que o contrato com a empresa que prestava segurança para a sede local da companhia não foi renovado pela direção estadual. No entanto, revelou que já fez um orçamento para instalação de uma cerca, que deve ser colocada nas próximas semanas, o que deverá dificultar a entrada alheia no pátio da estatal.
A Brigada Militar disse que não tem conhecimento do fato. De acordo com o sargento Fell, nenhuma notificação oficial ou registro de ocorrência relacionado ao fato foram feitos.