A organização e o planejamento são instrumentos fundamentais em qualquer empreendimento, valendo o mesmo para o setor da produção agropecuária. Neste sentido quero destacar o trabalho do (Conselho Arroio-meense de Desenvolvimento Rural), integrado por conselheiros que representam as comunidades rurais, além de organismos como a Emater, STR e Secretaria Municipal de Agricultura, pelos debates e estudos desenvolvidos e que resultaram na elaboração do Plano Municipal de Desenvolvimento Rural.
O Conar definiu inúmeras metas já pensando no ano de 2012, tendo como preocupação maior as condições de trabalho do produtor rural, as opções de renda, a agricultura familiar, sucessão na propriedade agrícola e licenciamentos ambientais.
Os desafios são grandes, sobretudo, quando se pensa na motivação dos jovens rurais a permanecerem na agricultura. As principais atividades econômicas hoje desenvolvidas na pequena propriedade, como a produção de leite, frangos de corte e suínos, exigem cada vez mais investimentos e tecnologias. E até não é tão difícil conseguir-se linhas de financiamentos para investimentos ou até o custeio das atividades. O que está fora do controle do agricultor é a insegurança no quesito de preços dos produtos, fator que frustra o produtor por nunca saber se vai conseguir honrar os seus compromissos.
Uma atenção especial aos projetos de agroindústrias familiares deve ser uma das prioridades do conselho no próximo ano. Pois, a produção de alimentos será cada vez mais importante, ainda mais diante dos dados estatísticos que indicam que o mundo deveria dobrar o volume de produção de alimentos para assegurar comida aos agora sete bilhões de habitantes que existem no planeta, marca alcançada no último domingo.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), são poucos os países que produzem quantidades de comida suficientes para o seu consumo próprio e um excedente. O Brasil empata nesta relação de produção e consumo. É verdade que exportamos grandes volumes, de determinados artigos, mas importamos muitas coisas, citando, por exemplo, trigo, leite, entre outros.
• Código Florestal
A nomeação do deputado Aldo Rebelo como ministro do Esporte abre a possibilidade de ocorrer um retrocesso na análise e na futura decisão sobre o Código Florestal que está no Senado. Lembramos que Rebelo foi o relator da proposta do novo código, e, sem a sua direta participação na discussão da matéria, os rumos poderão ser diferentes do que vislumbrávamos anteriormente.
É profunda e assustadora a manifestação do deputado Heitor Schuch, na edição do AgroVale, da última sexta-feira, quando ele adverte sobre a possibilidade ou a necessidade de os trabalhadores rurais prepararem-se para mobilizações, no intuito de assegurarem o que até aqui foi construído.
Infelizmente este assunto do Código Florestal tem “palpites” de pessoas, autoridades ou tecnocratas que não sabem distinguir as diferenças regionais, insistindo em criar legislação que tenta, ao mesmo tempo e do mesmo jeito, tratar questões da Amazônia e dos estados do Sul, com características tão diversas.
• Fábrica da Cosuel
O anúncio da Cosuel de que iniciará, em dezembro, os primeiros testes dos equipamentos de sua nova fábrica de leite em pó é fato a ser destacado. Seremos um novo parâmetro na atividade de produção de leite, somando qualidade, sanidade e profissionalismo.