Um fato relevante me faz sair um pouco do foco habitual das minhas colunas semanais. Quero destacar o acontecimento de ontem, quando a minha conterrânea, a agora escritora Greice Weschenfelder, autografou o seu livro, na Feira do Livro, em Porto Alegre, com repercussão além das nossas fronteiras.
Ao parabenizar a Greice, desejo também compartilhar do sentimento de conquista que o fato representa, pois o esforço, a dedicação e a perseverança são adjetivos inerentes à obra, tratada com todo o carinho e produzida com um imenso sacrifício, considerando o tempo de pesquisas, anos, meses e dias de buscas de informações e interpretações.
O resgate de aspectos históricos e a sua contribuição para o entendimento do que hoje acontece nas distintas manifestações culturais certamente compensam o incalculável esforço empreendido.
A tua obstinação é a tua própria marca de superação e da capacidade intelectual, que são valores invejáveis e caracterizam a tua essência. O talento por si só não produz efeitos ou frutos. Mas quando ele é utilizado em prol dos outros opera maravilhas.
• Suasa x Susaf/RS
Incontáveis vezes já abordei, neste espaço, a angústia, cobrança e expectativa quanto à concretização do Sistema Unificado de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Suasa). Este instrumento, como sabido, teria a função de incentivar as agroindústrias familiares, de forma especial, no que se refere à comercialização dos produtos.
A demora na implantação do Suasa passa dos normais limites de tolerância. Os grandes entraves vêm sendo os aspectos de natureza burocrática, sobretudo, a necessidade de adequações na legislação sobre os processos de inspeção, no âmbito federal.
O RS foi ágil e criou, a partir de projeto de lei discutido e aprovado, por unanimidade, dos deputados estaduais, o Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte, identificado pela sigla Susaf/RS.
A lei estadual nº 13.825/2.011 foi publicada na terça-feira, dia 8, e o governo do Estado projeta regulamentar a matéria em um prazo de até 30 dias.
Dentre os resultados práticos desta nova lei ou do sistema, coloca-se a permissão para que todas as agroindústrias que já estavam amparadas pelo Sistema de Inspeção Municipal (SIM) possam comercializar a sua produção em todo o território gaúcho. Trata-se de um avanço considerado, uma vez que, principalmente as empresas familiares que tinham a sua ação restrita ao seu próprio município, podem buscar mercados consumidores mais expressivos. Estima-se que já existam, no Estado, mais de oito mil agroindústrias, porém, o número de estabelecimentos legalizados não passa muito de 500.
• Congresso da Fetag-RS
A Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag/RS) realizou nesta semana o seu 10º Congresso Estadual de Trabalhadores Rurais, reunindo algumas centenas de líderes da categoria.
O maior objetivo do evento foi a definição das ações da organização sindical para os próximos quatro anos.
A Fetag, em que pese as transformações no campo, mantém-se como entidade de credibilidade, representando e defendendo os interesses e as necessidades do trabalhador rural, em um momento delicado, onde a sucessão na agricultura familiar é o grande desafio.