Houve um tempo em que países como a Argentina, o Chile e o Uruguai, só para ficarmos na América do Sul, constituíam-se no sonho dos habitantes da Terra, fosse por sua tranquilidade, suas perspectivas de desenvolvimento e, sim, seus mistérios de terra distante e desconhecida, também.
Tudo começou nas primeiras décadas do século passado, quando o mundo inteiro rendia-se ao charme e à voz incomparável de Carlos Gardel.
Nesse período, a “geografia” da região foi “erroneamente divulgada”, ajudada pelo pequeno conhecimento que tinham – da América do Sul – povos mais “ricos e educados”, como os europeus e os americanos do norte. Utilizando tudo o que conheciam sobre nós e nossa localização no mapa, diziam simplesmente: “América do Sul, Capital Buenos Aires.”
Ainda nesse espaço de tempo, situado entre Carmen Miranda e Pelé (aproximadamente 40 anos), o futebol e a música, quase sempre de carnaval, alimentavam a imagem do nosso país, aos poucos transformado em merecedor de uma visita turística com duração de alguns dias, nada mais. E um alerta sobre a periculosidade do brasileiro, de forma geral, o que se confirmava através de notícias sobre violência e desmandos que aqui ocorriam.
Já quase na mudança do século, o significativo crescimento do país teve origem na descoberta e imediata avaliação mais cuidadosa do pré-sal, o que foi uma espécie de aval para que o Governo buscasse tentar a conquista de novas posições no mundo.
A ideia de incentivar o consumo e com ele a circulação maior da moeda, foi possibilitada pela reserva cambial do país no justo momento, aliás, em que o mesmo item desaba em boa parte da europa – em especial Grécia e Itália – e nos Estados Unidos, com menor periculosidade.
A possibilidade do investimento na sua maior empresa e de um provável ótimo retorno aos investidores, alimentou a cadeia produtiva que garante a geração de empregos no Brasil, por sí só grande responsável pelo clima de expectativa, esperança e desenvolvimento que o país, contrariamente aos demais, atravessa.
Um dos maiores responsáveis pela superior situação econômica brasileira é o estilo Dilma Rousseff: muita ação e pouco discurso, fazendo cada brasileiro participar da construção de sua expectativa virtual, o que, de parte a parte, se vai alicerçando ao longo do diálogo entre eles.
O fato da Presidenta ter permanecido o seu primeiro ano de governo sem desdizer afirmações anteriores, dá, a cada morador deste país, a ideia de que pode confiar nela, até porque muita ação e pouco discurso é o contrario do que caracterizou quase todos os presidentes anteriores.
Quando digo estilo Dilma Rousseff, incluo nisso um jeito simples e moderno de vestir-se, valorizando elegância e sobriedade, o que a transforma, a cada solenidade, na melhor representante pública de quantos lá estiverem.
Para a Presidenta de uma Nação lider, escolher o que estará vestin¬do, a cada festa ou reunião, é tão ou mais importante do que escolher ministros, por exemplo.
Escolher estes últimos pode até conduzir a diversos erros, pelo sim¬ples desconhecer do passado ou das pilantragens de uns e outros; trocam-se os errados e pronto.
Dilma passa a ideia de que ja¬mais escolherá a roupa errada por maior que seja o número de soleni¬dades às quais comparecerá.
Com isso quero dizer que as roupas que vestirá, de agora até o fim do seu mandato, já devem ter sido previamente selecionadas, o que elimina qualquer possibilida¬de de erro.
Daí, concluir que a Presidenta é a garantia e a segurança não so¬mente deste Natal brasileiro, mas da realização dos sonhos da imensa maioria do povo que nela acredi¬tou e confia. Para tanto, basta agir como até agora: muita obra e ação, pouca promessa e “falação”.