Pelo menos duas ações suspeitas e tentativa de assalto a motoristas foram relatadas à reportagem do AT nesta semana. A primeira ocorreu por volta das 22h de domingo na rua Presidente Vargas, altura do nº 1400 em São Caetano. Uma jovem de 23 anos saía da casa de seu namorado com seu automóvel, quando uma moto ocupada por dois homens, vestidos com jaqueta de couro, se aproximou da lateral de seu veículo (lado do motorista), monitorando e acompanhando o veículo por alguns instantes na via. Diante da possível abordagem, a jovem acelerou e fugiu em alta velocidade com direção ao Centro. A vítima desconfia que os suspeitos podem ser os mesmos que arrombaram o prédio da estação rodoviária instantes depois. Durante a semana, ela procurou a Delegacia de Polícia para o registro da ocorrência, mas “o delegado me disse que não era possível fazer o Boletim de Ocorrência, pois a moto só andou ao lado do carro, o que não justificaria uma tentativa de assalto”, relata.
O segundo fato ocorreu na noite de terça-feira, na rua Gustavo Wienantds, Centro. Um rapaz de 24 anos conduzia seu veículo em direção à ERS 130 e, quando fez o retorno próximo ao Ritts, dois motoqueiros começaram a se aproximar dele de forma estranha. Ele fez o retorno pela rua Dr. João Carlos Machado, aumentou a velocidade e percebeu e os motoqueiros continuavam lhe seguindo. “A perseguição só acabou quando uma viatura da Brigada Militar fazendo ronda apareceu, espantando-os”, conta o rapaz.
A comunidade teme que esta nova modalidade de crime, até então pouco registrada, venha a ser praticada em Arroio do Meio. Nos dois casos, as supostas vítimas não conseguiram anotar as placas e ver se os suspeitos realmente estavam munidos de armas o que, segundo a Brigada Militar (BM), dificulta o registro de ocorrência, pois não há evidências concretas. A BM também não acredita que os dois envolvidos na tentativa de arrombamento à rodoviária tenham migrado para essa modalidade, pois foge muito de suas características.
Os órgãos de segurança pública recomendam que nestes casos as vítimas devem procurar manter a calma, mesmo que diante de uma arma isso pareça difícil. Pois, em tese, o bandido está sempre mais nervoso do que a vítima, mas, em geral, não tem a intenção de matar. Segundo eles, as vítimas também devem ter a consciência da possibilidade de existir outra pessoa dando cobertura ao crime. Deve se evitar fazer movimentos bruscos e procurar alertar o assaltante dos gestos que pretende realizar, como pegar uma carteira, por exemplo.