Não posso deixar de referir-me ao evento de comemoração dos 45 anos deste nosso jornal O Alto Taquari, com uma programação especial neste domingo, dia 12.
A minha participação nesta história de quase meio século deste veículo de comunicação, ocupando semanalmente este espaço, na condição de colunista, já soma mais de 26 anos. Se cada ano tem, em média, 52 edições, poderia estimar que somando todo este tempo estaria ultrapassando o número de 1.350 artigos escritos, representando opiniões, constituindo-se em espaço de informações, críticas, curiosidades, enfim, tentando sempre retratar questões ou temas fundamentados na verdade, com o compromisso de expressar pontos de vista que levassem em conta o respeito ao leitor, acatando eventuais contrapontos e entendimentos divergentes.
Pois bem, ao comemorar 45 anos, o AT mantém-se com características muito particulares, que lhe dão respeitabilidade, confiabilidade e credibilidade. Estes conceitos não somos nós, vinculados ao jornal, quem os emite. Mas é um sentimento que colhemos junto aos muitos milhares de leitores, queem todas as sextas-feiras aguardam a chegada das boas-novas, as informações diversificadas, com conteúdos e enfoques que tratem de cultura, lazer, entretenimento, valorizando e projetando as comunidades em que circula e com quem criou laços e vínculos nos longos anos de saudável companhia.
No último domingo, na festa da Comunidade Católica Nossa Senhora dos Navegantes, em Arroio do Meio, ao cumprimento do bispo dom Canísio Klaus, ele, de pronto, me disse que era leitor do jornal, e, por extensão, da minha coluna semanal. Não me cobrem que revele o sentimento que toma conta da gente nessa hora! Assim como essa autoridade religiosa, incontáveis outros leitores, seguidamente, manifestam-se, afirmando que acompanham, atentamente, as abordagens e as opiniões emitidas.
Não raras vezes nós, colunistas, não gostamos do que escrevemos. Porque nem sempre os assuntos que trazemos são de interesse de um grande público. Todavia, cada qual pode ter a certeza de que o intento sempre é o mesmo, de contribuir para provocarmos reflexões, estimularmos análises e despertarmos continuamente uma postura crítica, independentemente de assunto ou de área abordada.
Nas quase três décadas, o título da minha coluna permanece o mesmo, ou seja, AGRICULTURA. E em uma olhada panorâmica sobre todo esse tempo, constatamos mudanças impressionantes ao longo desse espaço, algumas contribuindo para melhorar as condições de homem do campo e outras para desestimular a permanência das pessoas no meio rural, em especial os jovens. Mas, posso testemunhar que tivemos muitas evoluções ao longo das mais de 1.300 semanas de convívio e de trocas de experiências.
Eu desejo e almejo, com sinceridade, que a nossa incansável e sempre jovem diretora Isoldi não perca o seu ânimo, a sua disposição e determinação de fazer este enorme bem para toda a região, que é de manter e fortalecer cada vez mais este jornal que é um patrimônio da comunidade regional. Felizes somos todos nós por termos um bem tão valioso, uma riqueza tão estimada e reconhecida.