O Rio Grande do Sul começou a viver o clima da 35ª edição da Expointer, com o seu lançamento oficial, na terça-feira. O evento ocorrerá, em Esteio, no período de 25 de agosto a 02 de setembro. Anualmente a exposição tem apresentado crescimento em vários setores, além de novos focos e, agora, dentre outras atrações, anuncia-se uma atenção especial para um Programa de Irrigação.
O governo do Estado pretende estimular a ampliação de iniciativas em projetos de irrigação, a partir das enormes perdas de safras e culturas registradas na última estiagem. Há a necessidade de recuperar os prejuízos e este propósito fará com que significativos volumes de recursos sejam disponibilizados, além da orientação e assistência técnica que os organismos oficiais darão a quem precisar.
O desenvolvimento do setor agropecuário tem sido marcante nos últimos 10 anos, porém, não é mais possível ficar na dependência das condições climáticas normais. As secas, como se diz, não são mais exceções, considerando a frequência com que acontecem. É importante encontrar-se mecanismos para poder-se fazer frente ao fenômeno natural.
É justo lembrar que em diversas ocasiões anteriores já se tentou, neste Estado, a adoção de programas de irrigação. Esses não têm vingado, talvez pela falta de embasamento técnico ou por critérios não bem desenvolvidos. É preciso estabelecer condições diferenciadas, não sendo viável dar o mesmo tratamento a todas as regiões. Situações de pequenas propriedades diferem de médios e grandes estabelecimentos. Açudes ou reservas de um hectare de dimensão, pode ser até pouco para propriedades extensas. Mas ao minifúndio cabem normas específicas.
Com frequência se vê que são utilizadas as mesmas regras para casos muito diversos. Aí pode estar uma das razões do insucesso de boas iniciativas.
Solidariedade
Embora não tenha participado do grande encontro ocorrido no Vale do Arroio Grande, na quarta-feira, motivado pelo justo direito de todos os moradores postularem a obra do asfalto, ligando Arroio do Meio a Capitão, quero manifestar total apoio e solidariedade às mobilizações que já aconteceram e que virão daqui para frente.
Não se pode mais pensar ou falar em desenvolvimento se não há uma mínima infraestrutura, a partir de estradas em boas condições. A merecida qualidade de vida pressupõe o atendimento das necessidades básicas, onde o conforto de uma estrada asfaltada faz parte. Barro, poeira, buracos no caminho, são elementos que já não deveriam mais existir e causar um mal-estar, irritação, e prejuízos para a saúde física dos moradores, além dos danos materiais.
Monitoramento
O clima eleitoral propicia que alguns indivíduos se julguem no direito de estabelecer as regras sobre o que os jornalistas podem ou devem manifestar. Vários episódios foram constatados e também esta Coluna foi advertida. A causa de uma advertência “indireta” foi um comentário, bem breve, feito há duas semanas, com referências a projetos de pequenas usinas de produção de álcool. Foi-me recomendado que deixasse de lado o assunto. Não sei a quem interessa o não esclarecimento de projetos frustrados, sobretudo, quando há desperdício de recursos públicos. “Petrobrás Biocombustíveis”, “Cooperbio”, “Cooperfumos”, Crenhor, dentre outros, são temas para futuras abordagens.