Ao todo, 17 ondulações de 3,7 metros de largura e 10 centímetros de altura serão instaladas nas vias urbanas de Arroio do Meio. Praticamente nos mesmos locais onde havia controladores eletrônicos – desativados por uma determinação do Tribunal de Contas do Estado –, além de algumas novas situações, em imediações de escolas.
A Coesul, empresa que venceu o processo de licitação para colocação dos quebra-molas, iniciou os trabalhos na última sexta-feira, com o prazo de concluí-los até a primeira quinzena deste mês.
A polêmica – Parte dos motoristas está se queixando, pois terá que passar por até seis ondulações em trajetos relativamente curtos. Porém, ainda no início desta semana, a falta de sinalização que teria gerado alguns transtornos no trânsito ganhou os holofotes. Inclusive um senhor de idade teria caído dentro de um ônibus, cujo motorista teve que frear bruscamente na rua Marechal Floriano Peixoto, bairro São José.
Apesar de haver muitos comentários de acidentes nestas imediações, a Brigada Militar foi consultada e, até o fechamento desta edição, nenhuma ocorrência de trânsito havia sido registrada nestes locais.
De acordo com o secretário do Planejamento, Henrique Meneghini, antes da decisão foram realizados estudo técnicos, “uma enquete aponta que 80% da população é favorável”, afirma. Segundo Meneghini, a sinalização sobre as ondulações não pode ser realizada imediatamente porque a manta asfáltica precisa de um período de 10 dias para ‘sentar’ na pista. “Devido às questões de segurança encurtamos o prazo para três dias. Até o final da tarde de quinta-feira (hoje) todos estarão devidamente sinalizados. No entanto, a tinta corre risco de penetrar no solo”, explicou o secretário.
Mesmo assim, há aqueles que entendem que a colocação de quebra-molas é positiva. É o caso do morador de Dona Rita, Cedil Almeida, 38 anos, trabalhador do setor da construção civil. Ele avalia que a instalação de ondulações induz os motoristas a diminuírem a velocidade em locais de travessia de pedestres. “Os motoristas não respeitavam a faixa de pedestres. Corriam a 80, 90, 100 quilômetros por hora em locais onde a velocidade máxima permitida era de 50 quilômetros por hora. Isso muitas vezes nas proximidades de escolas, onde as crianças não têm a verdadeira noção do perigo que o trânsito representa”. Cedil conta que está morando em Arroio do Meio há dois anos, antes disso morava em Roca Sales, onde os motoristas respeitam mais a sinalização.