A Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura – Contag, continuará tendo, nos próximos cinco anos, na presidência, um trabalhador rural do Rio Grande do Sul, Alberto Ercílio Brock, que já vem dirigindo a entidade maior da classe dos trabalhadores rurais brasileiros, desde 2009.
A eleição da nova diretoria da Confederação, para o mandato que inicia em abril e se estenderá até 2017, aconteceu durante a realização do 11º Congresso de Trabalhadores Rurais, em Brasília, no período de 04 a 08 de março em curso, com a participação de 2.500 delegados, representando as 27 federações estaduais, cujo lema principal foi o Fortalecimento do Movimento Sindical para melhorar a Qualidade de Vida no Campo.
Também as mulheres trabalhadoras rurais gaúchas estarão representadas na direção da Contag, com uma sindicalista figurando como suplente do Conselho Fiscal da entidade.
São, portanto, fatos que precisam ser destacados, porque o Movimento Sindical dos Trabalhadores Rurais é um exemplo de organização classista, tendo uma enorme responsabilidade na defesa dos interesses de uma categoria que, historicamente, vem tendo uma reconhecida importância nos aspectos econômicos e sociais de milhões de brasileiros, que atuam como pequenos proprietários rurais e assalariados, em diversas atividades econômicas.
O que chama a atenção, em se tratando de Contag, é a sua estrutura de organização e de atuação, a partir do conceito de o Movimento Sindical ser um instrumento de luta da categoria. Existe uma ampla pauta de mobilizações e de lutas, como desafios e propostas do Sindicalismo Rural , com o enfoque para o fortalecimento do sistema Contag – Confederação, Federações e Sindicatos de Trabalhadores Rurais e, consequentemente, ações na defesa da Reforma Agrária, no combate à Violência no Campo, no equilíbrio com o Agronegócio, no desenvolvimento da Agricultura Familiar, manutenção do jovem no meio rural, sucessão familiar, previdência rural, entre outras metas e propostas.
Segundo manifestações de dirigentes sindicais, da Contag, um dos motivos mais evidentes de insatisfações e frustrações da classe, é o não cumprimento das metas dos sucessivos governos federais com a execução da Reforma Agrária. Afirmam não haver vontade política para a promoção de um processo reivindicado há várias décadas.
Cadastro Ambiental Rural
A realização de um Cadastro Ambiental de todas as propriedades rurais do país, está previsto no novo Código Florestal Brasileiro. Os ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente estão tratando dos detalhes para o cumprimento desta tarefa que deverá iniciar no dia 23 de maio vindouro, com um prazo de execução de um ano.
O Brasil tem 5,4 milhões de propriedades rurais e todas elas serão lançadas em um processo ou programa de georreferenciamento, o que permitirá um monitoramento ou acompanhamento de parte dos órgãos ambientais.
Em breve deveremos obter informações sobre quem e como realizar o cadastro. Mas, de antemão, é preciso observar que o produtor ou proprietário rural que deixar de fazer o cadastro, não deverá ter acesso a linhas de crédito enquanto perdurar a pendência.