Ontem, 25 de julho, transcorreu mais uma data especial, de lembrança das categorias ou classes do Colono e do Motorista.
Mesmo que o jornal O Alto Taquari tenha antecipado matérias alusivas e as tradicionais mensagens dedicadas à data na edição da semana passada, não é demais fazer estas menções neste dia “depois”, até pela razão de os citados profissionais terem atividades permanentes, ininterruptas, normalmente sem férias, portanto, não têm apenas uma data que lhes possa ser atribuída como única. A sua labuta, os seus sacrifícios são constantes, no dia a dia, com chuva ou sol, frio ou calor.
A cada 25 de julho a gente sente e vê diminuídos os motivos para festividades, comemorações. A nostalgia, as saudades, as lembranças do passado trazem à memória dos atuais trabalhadores rurais, ou agricultores ou ainda produtores rurais, bem como os que tiveram experiências ou origens, raízes no interior, muitas histórias de bravura e de heroísmo e de superações. Lembramos das profundas mudanças que, por exemplo, nos últimos 20 anos aconteceram no meio rural, transformando o campo em uma extensão, propriamente dita, da vida urbana.
O tradicional e o legítimo “colono” são absorvidos, gradativamente, por mudanças de hábitos e de costumes, por inovações, tecnologias, exigências e imposições. Inevitavelmente é assim, em qualquer lugar do mundo. O progresso, o desenvolvimento das ciências provoca um quadro diferente.
Não podemos permitir que o passado simplesmente seja apagado. Precisamos, sempre, reconhecer a importância da sabedoria de todos os que nos antecederam. Eles foram e formam a base do que hoje se tem na agropecuária, em fase de contínua evolução. Debate-se, com frequência, a “sucessão” na agricultura familiar. Tenta-se, com muito esforço, convencer os jovens, filhos de agricultores, a permanecerem no meio rural. Existem possibilidades, mas serão necessários programas e projetos de valorização e que lhes permitam acenar com possibilidades de um bem-estar e de uma vida com dignidade, fatores que, reconhecidamente, faltaram para a maioria dos nossos antecedentes.
Quanto aos motoristas, de funções diversas, pode-se também afirmar que a sua vida é cada vez mais árdua, nas dificuldades diárias, em que enfrentam toda a ordem de problemas, desafios e sacrifícios. E, ao lado de quem sempre produziu alimentos, os condutores são especiais porque fazem parte da “roda”, da engrenagem, onde produzir, transportar e abastecer os pontos de consumo, formam um conjunto que traduz progresso e vida.
Condomínio de produção de leite
Sobre este assunto já falei em outro momento. Pretendo abordá-lo novamente em breve. Pois, após ouvir, da direção da Cosuel, alguns novos detalhes sobre o projeto, me parece ser impossível não haver interesse da municipalidade em apoiar a iniciativa.