O ditado gaúcho que serve de título, hoje, tem no mínimo um século de vida e quer dizer: “Não faça nada que possa resultar em ganho de alguém, sem que a sua própria vantagem esteja garantida”.
O termo “prego sem estopa” tem a ver com o costume gaúcho de usar pequenos pedaços de estopa, para livrar os dedos de um golpe de martelo. Estopa é a parte mais grosseira do cânhamo ou do linho, utilizada em serviços de limpeza que são colocados sobre os dedos, para garanti-los no caso de uma eventual martelada.
A verdade é que a FIFA (109 anos – 21 de maio de 1904 – Paris) criou a Copa das Confederações especialmente para evitar o desperdício de esforços e investimentos que, ao longo do século XX, movimentou.
Disputada um ano antes da Competição-Mãe, a Copa das Confederações representa um passo gigantesco e acertado, fruto de uma entidade esportiva que lida com bilhões de dólares, é tema que já impediu algumas guerras e suspendeu outras tantas por sua capacidade de mobilizar pessoas e países, vontades e objetivos.
O número obtido junto à FIFA para demonstrar o valor de seu gigantesco trabalho (principalmente quanto à aproximação de pessoas, valorização do esporte e permanente abertura de novos empregos) supera 27 bilhões de dólares, isto sem ter computadorizado, ainda, o número total de espectadores da Copa de 2006.
Entre os benefícios que a realização da Copa das Confederações possibilita, está o fato de que, ao ser disputada um ano antes de cada Copa do Mundo, esse acontecimento permite a cobrança, acompanhamento e exigências que impeçam venha a ser cometido qualquer erro que possa alterar a qualidade da Competição Maior, logo, autoriza cobranças eventuais sobre o andamento das obras e sua data de entrega, por exemplo.
Mas – não quero ser profeta do Apocalipse – penso que o Brasil terá muito a ganhar com a organização da Copa do Mundo de 2014 se conseguirem retornar, ao país e ao controle da competição, a organização, a calma e o amor pelo Brasil, sempre demonstrados nas Copas anteriores.
Acredito que com a participação de todos os seguimentos compromissados para uma boa realização da Copa em 2014, o Brasil poderá reforçar um trabalho necessário de aproximação com a totalidade das classes produtoras e interessadas no bom andamento da competição.
Entendo que podemos abrir importantes e duradouras portas de diálogo e janelas de convivência com todos os que ganham o seu dia a dia em nosso país.
É fundamental que todos possamos valorizar o Brasil acima de tudo, tarefa que só conseguiremos executar se edificarmos um clima de entendimento e respeito entre todos os segmentos com os quais lidamos e para os quais dirigimos o fruto de nosso trabalho e esforço.
A Copa do Mundo de 2014 tem que ser realizada em um clima de entendimento e respeito e este clima tem que ser encontrado antes do 1º apito do 1° juiz, ou seja, bem antes de haver começado o 1º jogo.
O futebol, esporte que multiplicou-se infinitamente ao longo de Um Século e Uma Década, lado a lado com a FIFA tal como ela sente-se feliz ao possibilitar o crescimento da qualidade de vida de milhões de pessoas que vivem do esporte e para ele dão o melhor de seu esforço.
O Brasil, exemplo de país pela sua permanente alegria, disposição e gosto cada vez mais focado no futebol, acabou de mostrar na conquista da Copa das Confederações que o brasileiro tem espírito jovem e que este detalhe é fundamental para ganhar o mundo.
Ganhar a Copa do Mundo no ano que está cada vez mais perto, é nosso próximo desafio.