Arroio do Meio – O primeiro ano de aplicação do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic) se encerra
na próxima quarta-feira, 13. A Secretaria Municipal de Educação e Cultura (Smec) promove um seminário nesta data, onde as 30 alfabetizadoras apresentarão suas atividades, como uma forma de conhecer a realidade de cada escola.
Este é o segundo evento deste tipo que será realizado neste fim de ano. O primeiro ocorreu na quarta-feira, 6. A ampla maioria dos municípios brasileiros aderiu à proposta do governo federal. A adesão ocorreu no ano passado, mas a aplicação da proposta ocorreu neste ano.
Arroio do Meio conta com duas professoras orientadoras do trabalho, que participam de palestrasna Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Elas são responsáveis por repassar os conhecimentos aos demais participantes do programa, chamados de alfabetizadores.
Na cidade, a responsabilidade está com Vânia Drebes e Magda Rockenbach. “Nesses encontros que fazemos em Santa Maria, vemos como o nosso município está bem”, observa Vânia. A profissional se refere às realidades dos demais municípios, os quais alguns apresentam dificuldades na rede de Ensino.
Outra percepção é de que os trabalhos desenvolvidos pelo Pnaic já ocorriam antes da adesão ao programa. Segundo Magda, esta noção mostra que os alfabetizadores estavam certos quanto às propostas de atividades lúdicas aos alunos. “Só precisávamos que alguém confirmasse que estávamos fazendo certo.”
Vânia e Magda relatam que todos os alfabetizadores estão comprometidos com a proposta. Muitas das atividades são elaboradas pelos próprios, apoiados no material didático e pedagógico encaminhado pelo Ministério da Educação.
Construção própria
O programa federal tem diretrizes básicas, mas os municípios são os principais construtores. Conforme a secretária
de Educação e Cultura, Eluise Hammes, os alfabetizadores levam em conta a realidade local para exercer os trabalhos. Cita, como exemplo, o trabalho realizado com o projeto de educação inclusiva.
Alguns alunos têm necessidades especiais e uma maneira diferente de aprendizado, e os profissionais respeitam o tempo de cada um, adaptando o currículo para este fim. O importante é que, no final do ciclo de aprendizado, todos estejam
alfabetizados.
A coordenadora local do Pacto, Marlise Fuhr, corrobora essa informação. Ressalta que, às vezes, o aluno não demonstra
que está aprendendo, mas chega no fim do ciclo e ele demonstra que compreendeu tudo o que foi ensinado durante os três anos de trabalho.
Participação dos pais
Aliado ao projeto municipalb “Escola e Família de Mãos dadas pela Educação”, o programa tem tudo para dar certo. Vânia e Magda ressaltam a importância da participação dos pais. A eficácia do projeto também necessita da colaboração dos pais, que devem estimular as crianças e participar dos estudos.
Elas afirmam que quase todos os pais costumam ir nas atividades propostas pelas escolas. Mas, relatam a necessidade
de tentar conciliar os horários e promover algo diferenciado – como confraternizações, não apenas nos encontros de avaliações de notas.
Marlise compartilha esta opinião. Para ela, é necessário que as escolas busquem saber a realidade de cada família e promovam os encontros em horários alternativos. “Pode ser que um domingo, ou um sábado, seja o melhor para isso.”
De todo modo, a unanimidade é de que o projeto de governo está atingindo os objetivos propostos.