Para todos os leitores, que durante o ano de 2013 e de tantos outros anos já vêm acompanhando esta coluna, tolerantes ou não, críticos ou não, concordando com as manifestações ou discordando com os conceitos emitidos quero, neste momento, desejar votos de um Feliz Natal e a chegada de um Novo Ano que atende às expectativas.
Em todo o final de ano, parece que tudo se repete. Estresse, correrias, tumultos, compras, folgas, pequenos exageros nas festas, alguns bebem um pouco mais do que poderia ser o tolerado, mas, enfim, esta é a nossa cultura, é a nossa prática, são os nossos costumes. O mundo consumista nos ensina a sermos assim, a nos comportarmos desta forma. Somos traídos pelas ofertas, pelas condições de compras, nos sensibilizamos com as circunstâncias. Depois é depois. A partir de março cairemos na realidade, correremos atrás das contas. Esta é uma rotina, é uma tradição e é um jeito de nos guiarmos e vivermos.
O que se recomenda é serenidade. É desarmar o espírito. Agir mais com a razão. Manter um controle emocional, onde a tolerância e o equilíbrio são importantes. A pressa pode atrapalhar. Com calma também se chega ao destino.
Nós que somos parte do processo de comunicação e que temos uma responsabilidade na formação de opiniões, precisamos lembrar que há muitos valores, além das atrações materiais. Se alguém não pode celebrar as festividades de final de ano com farturas, não tem problema. Um recolhimento, o diálogo, conversas de bom conteúdo, podem ser tão importantes e interessantes, quanto grandes festas. Pensemos nisso.
Clima preocupa
O forte calor que se faz sentir nas últimas três semanas em que já ocorrem chuvas, começa a trazer apreensões quanto às atividades dos agricultores, nas suas lavouras de milho, soja e outras.
Os sinais de possíveis prejuízos já começam a aparecer e nós todos torcemos para que nos próximos dias este cenário tome um rumo diferente, com algumas chuvas, previstas para o final desta semana.
A condição de trabalho do agricultor é assim mesmo. Contra a ocorrência de secas, ainda não temos a tecnologia adequada. Processos de irrigação, ou de simples reservas de água, em volumes necessários e que pudessem suprir a falta de chuvas, não estão à disposição dos produtores rurais das pequenas propriedades, onde os investimentos ficam longo das possibilidades econômicas da maioria dos casos.
Balanço
Costumeiramente, nos últimos anos, a gente tem procurado sintetizar um breve balanço sobre conquistas, bem como situações não resolvidas, de interesse do setor agropecuário. Em que pese um processo de rápidas mudanças na área da produção primária, alguns problemas, de caráter crônico, não se consegue resolver. De uma forma geral, a classe mais uma vez registra frustrações com as políticas agrárias, com a área da saúde, de produção e de comercialização, com inseguranças nos preços, falta de valorização dos produtos.
O ano foi razoável para algumas atividades, como o leite, suínos, soja. Mas esses alívios foram neutralizados pelas falcatruas. Mensalão, desvio de recursos para o exterior, deputado abastecendo mais de 40 vezes em três dias em um posto de combustíveis. Enquanto alguns se sacrificam, outros brincam com a inteligência do povo.