A Comissão Pastoral da Terra – CPT, do Rio Grande do Sul, promoveu na terça-feira de Carnaval, a 37ª edição da Romaria da Terra, e, como em todas as edições anteriores, mais uma vez reuniu milhares de pessoas, oriundas de comunidades, de movimentos sociais.
A Romaria da Terra deste ano aconteceu no município de Tapes, em um assentamento de pequenos agricultores, denominado de Lagoa do Junco, tendo como tema central “Reforma Agrária – Cooperação e Agroecologia” e como lema “Cultivar vida saudável”.
Essas questões pautadas são, de fato, inerentes à agricultura familiar, onde ainda é possível praticar métodos e sistemas de cultivos sem a utilização de agrotóxicos e inclusive sementes que não tenham sido submetidas a processos de modificações genéticas (transgênicas).
Fazer o contraponto à produção de alimentos em grande escala é um desafio e afeta, sobretudo, a consciência do consumidor, que precisa substituir, muitas vezes, a aparência, chamativa, de um produto pelo seu real conteúdo.
Em que pese a persistência e a insistência das Romarias com uma Reforma Agrária de resultados concretos e justos, durante muitas décadas, ou pelo menos nos 37 anos de encontros, os sucessivos governos muito pouco conseguiram fazer, além de seus discursos. Pois se fosse diferente não haveria a necessidade de multidões se submeterem a sacrifícios e se unir em mobilizações e manifestações que ecoam e revelam insatisfações bem acentuadas.
DIA INTERNACIONAL DA MULHER
O dia de amanhã, oito de março, é dedicado às mulheres. O Dia Internacional da Mulher terá celebrações, encontros, mobilizações, comemorações, mas também cobranças.
Possivelmente o evento de maior amplitude deverá ocorrer na cidade de Santa Clara do Sul, com a estimativa de reunir em torno de cinco mil pessoas. Os Sindicatos de Trabalhadores Rurais da região, juntamente com a Fetag/RS, organizam o encontro, antecipando alguns pontos de uma extensa pauta. Valorização da mulher, políticas públicas, violência, saúde e a importância da participação da mulher nas atividades sindicais.
Em todo o Estado estão previstos mais de 80 encontros, mobilizando cerca de 55 mil mulheres, em uma demonstração de força e de consciência.
SAÚDE DO TRABALHADOR
Os 129 ou 130 municípios habilitados e que constam como pilotos na execução do programa de distribuição, gratuita, do protetor solar, ensaiam uma manifestação contra a atitude do governo do Estado que alega impedimentos da legislação eleitoral para não fornecer o material. A tolerância parece já esgotou. Poderão ocorrer protestos.
Há quem tenta justificar a não execução do programa por falta de recursos financeiros de parte do Estado. Se fosse este o problema, poderia o Ministério da Saúde destinar o dinheiro que é sonegado aos médicos cubanos que vieram para o Brasil na promessa de receberem 10 mil reais por mês, mas que, na realidade lhes eram pagos, inicialmente, 400 dólares, ou menos de um mil reais. Ouvi nesta semana um renomado jornalista dizer que mais de sete mil reais do contrato de cada médico estavam sendo destinados aos irmãos Castro (governo cubano). É a generosidade brasileira, fazendo obras em outros países e distribuindo dinheiro público.