Nesta sexta-feira, 15, acontece um grande evento na sede do CTG Querência do Arroio do Meio, reunindo produtores de leite de diversos municípios, mobilizados pela Emater regional, sob a coordenação da secretaria de Agricultura da cidade anfitriã.
Trata-se de mais uma oportunidade, importante, em que todos os produtores de leite podem obter informações, orientações, trocas de experiências sobre uma atividade econômica que está em expansão, dentro de uma região ou bacia produtora que se destaca a nível de Estado e de país, considerando o elevado nível de profissionalização que o setor está alcançando.
O Seminário já vem enriquecido, levando-se em conta a qualificação dos painelistas convidados, com destaque para o médico veterinário da Emater e do presidente da FETAG-RS, debatendo temas como a sanidade e qualidade da produção e os aspectos sociais e econômicos da atividade, que é uma característica da pequena propriedade rural, onde a agricultura familiar tem uma participação expressiva.
Não se pode deixar de mencionar a relevância do momento que sucede períodos de apuração de escândalos, de denúncias de fraudes e falsificações, fatos envolvendo vários segmentos da cadeia produtiva, como produtores, transportadores e indústrias. Percebe-se que os produtores têm como uma questão de honra provar que são isentos de qualquer responsabilidade em tudo o que foi levantado como irregularidades. Neste sentido as orientações que lhes são passadas são fundamentais para que possam bater de frente com insinuações e acusações feitas, de forma leviana e sem comprovações.
O mesmo se pode dizer em relação à quase totalidade das indústrias de laticínios da região. Cito em especial as cooperativas que têm um perfil diferenciado no que se refere ao processo de industrialização do leite, por seus fins e objetivos. É praticamente impossível que aos seus olhos aconteçam fraudes, deliberadamente cometidas.
MERCADO DA CARNE
Nas últimas semanas multiplicaram-se as informações sobre as possibilidades de novos mercados ou mesmo a retomada de antigos consumidores de carne bovina, suína e de frango brasileiro.
Existem dados que chamam a atenção, como é, por exemplo, o fato da Rússia ter credenciado ou habilitado, para contatos comerciais, em poucos dias, 87 estabelecimentos brasileiros, abatedouros e frigoríficos que passam a ter condições para fornecer produtos para aquele país. Por outra, informa-se que o mês de julho último, se comparado com o mesmo mês do ano passado, registrou um crescimento de 113% no volume de exportação de carne bovina brasileira para os russos. Logo mais a carne suína e de frango poderá ter um idêntico comportamento desde que não aconteçam fatos pertinentes à sanidade e qualidade dos produtos ofertados.
Não parece haver riscos de uma corrida de inexperientes para atividades de produção nas cadeias mencionadas, como acontecia em outras épocas, aproveitando-se de um bom momento. Hoje sobressaem-se aqueles que vêm apostando na profissionalização, no constante aperfeiçoamento. As empresas, em especial as integradoras, identificam os bons parceiros e procuram valorizar esses.
PROGRAMA TROCA-TROCA
Anualmente vem-se repetindo uma prática, incompreensível, de atraso no fornecimento das sementes de milho, do Programa troca-troca. A insatisfação é generalizada e não é fácil entender isso, considerando o longo período entre a colheita das sementes e o repasse aos conveniados. Seria bom se houvesse uma adequação do Programa.
Aliás, falando em adequação do Programa troca-troca, observa-se que o mesmo está ameaçado, distorcido e usado de forma inconveniente e irresponsável em algumas situações. Assim que tiver informações mais detalhadas e conclusivas as trarei para o conhecimento público.