Arroio do Meio – Moradores do bairro Navegantes reclamam da proliferação de insetos e ratos que invadem as residências. O problema é ocasionado pelo acúmulo de material reciclável que está sendo depositado num córrego, situado atrás de uma residência, que desemboca no arroio do Meio. Garrafas PET, papelão, plásticos variados e até eletrodomésticos se acumulam deixando mau cheiro e atraindo animais. Há vários cães em meio à montanha de lixo. Os animais ficam amarrados a fim de tomar conta dos materiais.
Otacir Rodrigues, morador do bairro, afirma que naquela residência vive um catador de materiais recicláveis que já foi notificado pela Prefeitura, mas não tomou providência. Disse que o próximo passo é recorrer ao Ministério Público. “A Prefeitura já veio algumas vezes aqui. Nos primeiros dias ele tira o lixo e ajeita tudo, mas depois volta como era antes”, disse.
Ele comenta que dedetizou a casa três vezes nos últimos meses e diz ainda que o problema maior ocorre quando o material é carregado em um caminhão, afugentando os insetos que vão para dentro das casas. “O carregamento é feito uma vez por mês. Mas a montanha de lixo cresce rapidamente, já que ele traz três ou quatro carrinhos de material por dia.”
Outro problema é constatado quando chove muito e o rio sai fora do seu leito, alagando ruas, levando com a água os materiais depositados. Outras pessoas que não quiseram se identificar confirmaram a situação. Uma mulher disse que em dias quentes há muitos insetos, principalmente mosquitos. “Não dá para aguentar as picadas e quem sofre mais são as crianças.”
Conforme o fiscal ambiental da Administração Municipal, Leonardo Dalmolin Matzenbacher, o responsável pelo acúmulo de lixo já foi notificado. Ao completar 20 dias da notificação a equipe ambiental deve retornar ao local para avaliar a situação. Matzenbacher ressalta que se essa condição persistir, o órgão recorrerá ao MP, visto que não é possível autuar o homem, que não possui documentos. “Ninguém conhece direito esse indivíduo, ele veio de outra cidade. Por isso, recorreremos ao MP”, disse.