Na semana em que novamente o governador Sartori é alvo de críticas por ter se utilizado de um helicóptero pago pelo Estado para se deslocar de um evento oficial para o aniversário de um amigo, compartilharmos nesse espaço a opinião do presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Lajeado, Lauro Baum que trata sobre campanhas sem propostas. “Uma campanha sem propostas. Está aí o motivo? Minha referência não se trata de nenhuma marcação política. Muito pelo contrário, todos dependemos e tudo gira em torno dela.
Durante o período da campanha eleitoral a sociedade gaúcha assistia de forma um tanto estranha a maneira silenciosa do então candidato e atual governador fazer campanha. Aliás, a ausência de propostas e projetos estava acondicionada ao discurso de que não fazia promessas. Inclusive, foi com esse método que passou a somar pontos, “diga-se votos”, pois, tinha pouco para ser atacado enquanto que os demais candidatos trocavam críticas e farpavam projetos e assim eram destruídos ou se autodestruíam. Bastou chegar a posse para que um grande tranco fosse passado na honraria das contas dos credores. Que surpresa. Ou não?
De qualquer forma, agora, amigos leitores, chego ao propósito deste comentário. Toda minha referência origina-se pela preocupação com que vejo os cortes contra a rede hospitalar no Estado.
Basta acompanhar os noticiários para perceber que centenas de atendimentos são suspensos porque os hospitais não conseguem pagar suas contas, incluindo filantrópicos. Para ampliar o drama, a Secretaria Estadual de Saúde diz que não há previsão para o repasse dos valores devidos aos hospitais. Ora, se solicita o “sacrifício” de toda sociedade gaúcha, mesmo que o próprio já quebrou parte desta regra, será que é justo sacrificar os cidadãos nos momentos mais cruciais da vida? Os hospitais são tão importantes que geralmente são a última procura em vida, ou no mínimo para preservá-la. Além disso, é uma minoria que tem condições de se valer da rede particular. Se o sacrifício é necessário, que seja com respeito à vida.