Arroio do Meio – Na Comarca de Arroio do Meio desde o dia 9 de abril, a juíza Paula Mauricia Brun, que temporariamente substitui o juiz João Regert, diz que o grupo de servidores é muito competente. Segundo ela, este foi o diferencial para que a Comarca, sem juiz em tempo integral desde outubro de 2014, se mantivesse funcionando.
Com o afastamento de Regert para tratamento de saúde e a vinda de um juiz substituto uma vez por semana, houve apenas o acúmulo de sentenças e audiências represadas.
Com o quadro de servidores praticamente completo – falta apenas um escrivão – o trabalho do cartório foi mantido em dia. “Os servidores fazem um excelente trabalho, assim como o Dr. João. A organização e a forma dele conduzir os trabalhos, em equipe, foram preponderantes para que tudo continuasse funcionando na sua ausência”, afirma a juíza, revelando que as boas referências sobre os servidores foi um dos motivos que a levaram a optar pela Comarca de Arroio do Meio.
Mesmo sem ter conhecido pessoalmente o juiz a quem substitui, a Dra. Paula o elogia. “O Dr. João está de parabéns pelo trabalho que desenvolve aqui. Todos falam muito bem dele e da boa relação que tem com a comunidade. Apesar de eu estar gostando muito da cidade, torço para que ele retorne o quanto antes”, declara. E mais, diz que tem por objetivo pessoal zerar as sentenças até o retorno do juiz titular, previsto para setembro.
Primeiras impressões
Há poucos dias na região, a jovem juíza ainda não conheceu os demais municípios que integram a comarca. Por enquanto está se habituando a Arroio do Meio, onde fixou residência.
Com o passar dos dias pretende conhecer Capitão, Travesseiro, Nova Bréscia, Coqueiro Baixo e Pouso Novo e se inteirar da realidade de cada município. Para ela, embora o juiz deva primar pela imparcialidade, é importante estar inserido na comunidade local, integrado com os demais poderes.
Experiências
Natural de Tenente Portela e juíza desde setembro de 2014, vinha atuando em Porto Alegre, no projeto Sentença Zero. Apesar da pouca idade, 30 anos, acumula boa experiência no poder Judiciário. Morou por oito anos no Distrito Federal, onde era concursada no Tribunal de Justiça e no Superior Tribunal de Justiça.
Diz que a juventude não afeta o trabalho e defende que o juiz, independente de idade, não pode ficar apenas em seu gabinete. Deve ser um gestor da comarca como um todo, a fim de que o serviço seja entregue com eficiência e rapidez.