Seguindo o modelo da Frente Parlamentar da Agropecuária, que é um bloco de deputados e senadores que no Congresso Nacional defendem os interesses ou as bandeiras dos grandes produtores rurais brasileiros, outro grupo de congressistas lançou nesta semana, quarta-feira, um movimento idêntico, denominado de Frente Parlamentar da Agricultura Familiar.
Quem lidera a organização dessa Frente é o deputado gaúcho, Heitor Schuch, que há muitos anos está vinculado ao Movimento Sindical dos Trabalhadores Rurais, tendo sido presidente do STR de Santa Cruz do Sul e posteriormente dirigiu a Fetag-rs, conhecedor da realidade da pequena propriedade rural. Segundo informações, 246 deputados federais e sete senadores, de diferentes regiões do país, já assumiram o compromisso de apoiar a iniciativa.
O deputado Schuch afirmou que “assim como existe a Frente da Agropecuária, que representa os grandes produtores rurais, os pequenos careciam de um espaço de defesa das pautas específicas desse setor, que abrange 4,3 milhões de famílias rurais e responde pela produção de 70% dos alimentos que chegam à mesa dos brasileiros. A Frente terá o papel de debater as carências desse importante segmento como a falta de infraestrutura no interior, como estradas, energia elétrica, telefonia, irrigação e preços dos produtos da agricultura familiar”.
Mas um dos assuntos de maior preocupação dessa agora nova Frente Parlamentar, conforme entendimento do líder do grupo é a sucessão familiar. “Cada vez menos jovens querem permanecer no campo produzindo alimentos e um dos desafios da frente será construir condições dignas de trabalho e de vida também para essa juventude. Conheço bem a realidade e as dificuldades que o setor enfrenta”, observa o deputado Schuch.
A CHINA VOLTA A COMPRAR CARNE BRASILEIRA
Um impasse que dura desde 2012, pode estar chegando a um final positivo, com o aceno da China em retomar as importações de carne bovina brasileira. A interrupção desse intercâmbio comercial foi motivada por um boato sobre a existência de um foco da doença da “vaca louca”, que na época surgiu no estado do Paraná.
A partir de contatos e inspeções técnicas de ambos os governos, comenta-se que hoje já teria um número de sete Plantas Industriais (Frigoríficos) habilitados para a exportação de carne para a China e outros 17 estabelecimentos teriam essa condição no próximo mês de junho.
Não podemos deixar de mencionar o atual quadro econômico brasileiro que pode estar contribuindo para essa nova situação. Com o descontrole dos preços dos alimentos, dentre esses a carne, a nossa população está comprando cada vez menos. Este é um fato real. Assim sendo, o País passa a ter mais sobras internas e poderá, inclusive, facilitar as condições de compra dos nossos produtos pelas nações consumidoras.
Superintendência do Ministério da Agricultura
A exoneração do Superintendente do Ministério da Agricultura, no Rio Grande do Sul, que durante 12 anos ocupou a função é mais um fato deplorável envolvendo autoridades governamentais. O cidadão afastado, com certeza por justa causa, fazia questão de dizer que ocupava o cargo, considerado como sendo da quota pessoal da Presidente da República, portanto, de sua inteira confiança e responsabilidade.
O exercício do cargo, de forma não honrada e viciada, pelo sabido, tem a ver com ações fraudulentas em relação ao leite, cujas operações já puniram mais de 40 empresários no Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

