O trabalho voluntário é uma iniciativa louvável, baseada nos princípios cristãos. Ajudar gratuitamente, porém, é alvo permanentemente de críticas. Afinal, se é difícil encontrar parceiros, sobra gente para reclamar. Os dirigentes de entidades beneficentes sentem vontade de largar tudo. Mas perseveram, ignorando os obstáculos para ajudar os que mais necessitam de ajuda.
Em nosso município, a Associação dos Menores de Arroio do Meio – AMAM – nasceu em 18 de julho de 1970, fruto de abnegados que miram apenas na ajuda à gurizada em situação de vulnerabilidade. Parcerias com escolas e empresas reforçam a rede de apoio para a manutenção das atividades, somadas ao altruísmo de inúmeras pessoas que participam através de doações.
Soube, através da diretora Ingrid Soares que existe a intenção de escrever uma obra, denominada AMAM, Uma História Feita de Muitas Histórias. O objetivo é contar a trajetória da entidade ao longo de quase cinco décadas, através de gente que passou por lá. Nomes como Jorge e Dirce Vasconcelos, Leda Maris Poletto, Carla e Enio Meneghini, Miriam Cé Souza e Rosali Mantelli figuram entre tantos personagens que mantém a AMAM de pé e que ajudaram a salvar inúmeros jovens.
Atualmente são assistidos 28 meninas e 32 meninos, entre 6 a 15 anos, que se ocupam com oficinas de Educação Física e bordado, além do reforço no aprendizado de português e matemática, além de artesanato e desenho de observação. Combater o ócio é fundamental para evitar que jovens perambulem a esmo pelas ruas, sem chances de um futuro digno na idade adulta.
Hoje, para comemorar os 45 anos, a AMAM realiza um almoço festivo na sede da entidade – rua Visconde do Rio Branco, 46 – bairro Navegantes. É mais uma oportunidade para arregimentar voluntários, através da doação de gêneros alimentícios, roupas, calçados e contribuições financeiras que se somariam ao apoio imprescindível da indústria e comércio da cidade e da região.
Parabéns a todos que fazem da AMAM uma filosofia de vida, obcecados pela multiplicação do bem, sem olhar a quem. A nós, que estamos de fora, resta ajudar, contribuir e estimular. Só assim a gurizada terá um futuro digno!

