O que se guarda atrás de cada conquista? E o que determina um fracasso? Não seriam as situações mal resolvidas, as portas cerradas pela insegurança e amor próprio zerado? Vencer é bom, disputar, preparar um trabalho para uma saudável competição é melhor ainda. Por exemplo, os resultados positivos obtidos pela equipe d’O Alto Taquari no concurso do Icom, são uma grande representação de garra e foco. Todo objetivo alcançado carrega em si, uma gama de experiências e lições que ficam registradas para sempre.
E quero deixar aqui, um abraço especial a minha amiga, meu contato semanal, a Jaque Manica, que deixou a condição de fonte de uma matéria igualmente vencedora, no ano passado para a condição de repórter vencedora. Parabéns! E meu reconhecimento a todos desta equipe bacana, liderada pela Isoldi, essa guerreira empreendedora, em um mercado difícil, mas compensador na missão de informar.
São desses exemplos que o mundo velho rabugento precisa alimentar-se. Na maioria das vezes, os habitantes considerados racionais do planeta Terra, tem uma capacidade interminável de andar em círculos, sem querer visualizar soluções. Às vezes, ao perceber a melhor atitude, o medo impede a libertação e a quebra da rotina da dor, da humilhação imposta por terceiros. É um andar bêbado à beira do penhasco de onde se visualizam as ameaças, intimidações ou pior, os temores mais íntimos.
E aí, a vida destes bípedes loucos doidos por desfrutarem as coisas boas, transforma-se em um contraditório acorrentar-se em carências e angústias. O resultado é a ilusão da fuga. Lá vão machos e fêmeas, a escapulir entre as grades criadas com as próprias mãos. Saem às escuras em busca do prazer, da realização e acabam melados no açúcar da culpa. O risco de danos é muito maior. Voltam à masmorra com um breve sabor de satisfação. Deixam rastros, impressões digitais, mentiras digitadas.
Toda insatisfação tem a hora certa da solução. Mas quando chega essa maldita hora? Seres estranhos, nós somos. Tantas vezes nos socorremos nos ombros errados. Imagino o tortuoso caminho de volta ao começo que muitos precisam fazer para recompor a própria história, a dignidade rompida. O maior desafio nunca é enfrentado contra um oponente mais forte, mas contra a própria imagem.
Lembro a frase genial do beatle John Lennon na canção de ninar que escreveu para o filho Sean: “A vida é aquilo que acontece enquanto você está ocupado fazendo outros planos”. Ou seja, na maioria das vezes falta foco. O que seria importante manter, sei lá, um emprego, uma relação afetiva? De qualquer maneira, sempre existe uma alternativa e uma lição a ser aprendida a cada quebra de paradigma. Enganos ficam no passado. Como alerta, advertência.
O ideal é voltarmos a esse grande sanatório existencial dispostos a viver o real. Projetos vazios que durmam na lixeira. E aí, naquela bendita hora certa que falei acima, adeus planos sem rumo! Afinal, uma vida com remorsos e culpas, não tem a menor graça. É com amor que as coisas andam, superam crises e nos mantém na trilha que, sempre é escolhida por nós e determinada por nossas ações.