Marques de Souza – Situado a cerca de 3 km da sede do distrito de Tamanduá, na estrada geral da localidade, o Centro Ecológico Pedra d’Mim, completou em abril, um ano de atividades. A fundadora Marta Verena Lucian começou a preparar o local desde 2013. Fica perto da residência onde nasceu, situado entre montanhas e penhascos, o que possibilita uma visão noturna diferenciada. O arroio da localidade não faz divisas e está centralizado na propriedade.
O trajeto de antigo caminho de roça foi limpo e as demais trilhas abertas com mínimo de impacto ambiental. Os 300 degraus foram feitos com troncos de árvores invasoras (não nativas) e cavocados no solo. São sete pontos de contemplação, que têm relação com os sete chakras (hinduísmo), em meio a córregos, cachoeiras e fontes, oportunizando a harmonização com a natureza intocada. O destaque fica por conta de uma cascata com 30 metros. No passeio também há herbário, áreas de descanso, banheiro ecológico e catedral de bambu, onde já foram realizados casamentos.
Marta é terapeuta floral e alquimista há 17 anos. Atua com consultórios em Porto Alegre e Lajeado. O objetivo do centro é proporcionar atividades relacionadas ao ecoturismo, saúde, bem-estar, autoconhecimento e espiritualidade. “Há estudos que apontam que em pouco tempo, mais da metade da população vai ter recorrido antidepressivos. É comum ver pessoas permanentemente conectadas virtualmente, mas sozinhas. Mas é preciso alertar que quando o ser humano se distancia da natureza, compromete os mecanismos de reconstrução, a autocura. O físico acaba sendo afetado pelo psicológico”, argumenta.
O centro oferece duas modalidades de visita em grupos de até 20 pessoas, que precisam ser pré-agendadas. Há opção de trilhas guiadas com grau médio de dificuldade, que duram um turno. E vivências de autoconhecimento e meditação. Em noites de lua cheia ocorrem programações diferenciadas. O valor do pacote varia conforme o número de refeições feitas no local, entre outros detalhes.
Neste primeiro ano de atividades, Marta está feliz com a receptividade do público, que vem de toda a região sul do país. O foco tem sido profissionais da saúde e educação, porém, o local está aberto a todos os perfis.
A área externa da sede já conta com mandalas que representam o fogo, a água, o labirinto de chão (terra), redalho (ar) e a pirâmide (espiritual). Até o final de 2016, a construção da sede estará concluída. A edificação em forma de dodecágono (12 lados relacionados ao zodíaco), contará com estrutura para eventos.


