Ainda não se sabe como vai ser o desenrolar da campanha política para 2018, inclusive em relação a financiamentos e custos, muito menos quais serão os reflexos da Lava-Jato nos principais partidos e candidaturas para deputados, governadores e presidente da República, uma vez que o número de investigados por envolvimento de corrupção é grande. Muitos dos principais líderes políticos nacionais, embora ainda neguem sua participação estão claramente envolvidos com ramificações que se alastram por todo o país.
Com as delações dos empresários e executivos da Odebrecht e outras empreiteiras e políticos já presos, e implicados na série de crimes contra o patrimônio público, é difícil prever que tipo de resposta o eleitor dará diante de tantas evidências sobre a roubalheira que assola o país, no momento que for chamado para votar. Que perfil de candidatos teremos diante de uma carência tão grande de bons líderes e com um sistema tão corrompido que engole rapidamente os melhor intencionados?
Mudança de cultura
Não resta a menor dúvida do grande serviço que a Lava-Jato presta e já prestou ao país ao desencadear operações de combate ao crime organizado em consonância com a Polícia Federal, Ministério Público e Procuradoria Geral. Mas a dúvida persiste. Serão capazes e suficientes de realmente estancar a sangria que se faz ao país por todo o tipo de corrupção conveniente ou não ao sistema instalado? Um sistema difícil de derrubar uma vez que o Congresso tem vantagens próprias para se manter no poder e se proteger. Temos um Judiciário também falho que se acomoda em seus privilégios. O nosso regime presidencialista coloca facilmente no poder alguém com apelo populista ou de esquerda ou direita – que na verdade partidariza ideologicamente suas ações políticas e que não governa sem “comprar apoios”, algo que poderia ser corrigido se houvesse uma Reforma Política.
Por mais benéficas que sejam as ações que estão sendo feitas, acreditamos que a mudança de cultura será um processo muito longo porque depende de investimentos muito fortes em educação, algo que não foi feito e poderia ter sido feito pelos governos recentes e atual.
Aqui neste espaço tenho sido repetitiva quando se fala da necessidade de investimentos em educação. Exemplo que já foi dado muitas vezes é o que países como a Coreia do Sul fizeram. Na década de 1960, o PIB per capita naquele país era de 900 dólares. No Brasil o dobro. Nos anos 80 se igualou. Hoje o PIB na Coreia do Sul é de 32 mil dólares per capita e o nosso em torno de 10 mil dólares. A explicação é que aquele país investiu antes de mais nada no Ensino Fundamental e só depois no Médio e Superior. Aqui, ao contrário, o governo preferiu investir no Superior para que tivesse braços de sustentação dos projetos de poder político. Aos mais pobres foi dado somente o peixe ao invés de ter ensinado paralelamente a pescar, o que nos teria colocado em outro patamar em termos de renda e educação.
Caminhada
O ex-prefeito Sidnei Eckert está semanalmente fazendo contatos com correligionários de toda a Região do Vale do Taquari e também em outras regiões para encaminhar uma provável candidatura a deputado estadual pelo PMDB. Para lembrar: Arroio do Meio responde bem a seus candidatos. Em 2010, o então candidato do PT, Aurio Scherer fez 5616 votos no município e em 2014, embora tenha baixado a votação quando concorreu novamente, somou 3.995. Para alcançar a votação necessária evidentemente é preciso ter boa base eleitoral fora do município e região para garantir uma vaga, que deve somar pelo menos uns 30 mil votos.
Custos e manutenção
É frequente a reclamação de motoristas principalmente motoqueiros em relação ao estado geral das estradas que detonam motos e veículos. Temos no município várias pessoas que fazem trajetos longos diariamente para ir ao local de trabalho ou usam a moto para trabalhar, e como o custo de peças e manutenção em oficina é alto, compreende-se perfeitamente a reclamação.