Os apicultores estão em festa neste mês de maio e não apenas pelo Dia do Apicultor – celebrado na segunda-feira, dia 22. O ano foi de fartura na colheita de mel, com excelentes produções, especialmente em locais próximos a reflorestamentos com eucalipto. O assistente técnico regional na área de apicultura e meliponicultura da Emater/RS-Ascar, engenheiro agrônomo Paulo Conrad, ressalta que a produtividade normal da apicultura da região é de 15 quilos por colmeia ao ano, sendo que nesta safra muitos produtores colheram o dobro em suas caixas.
“A produção apícola está intimamente ligada à natureza, dependendo da diversidade de plantas com flores e também de abelhas, naturalmente”, salienta Conrad. De acordo com o agrônomo, neste ano a floração exuberante das plantas em função do clima favorável para o “trabalho” das abelhas, com chuvas mais regulares e dias quentes, representou a expressão máxima desse potencial. “E uma safra satisfatória de mel comprova a relação direta entre a apicultura e a natureza, já que a busca pelo néctar e o consequente acúmulo nas colmeias só ocorre em condições favoráveis”, analisa.
Analisando a conjuntura atual, o agrônomo da Emater/RS-Ascar garante haver muitos motivos para comemorar. “Na safra passada, que não foi tão satisfatória, muito se discutia a morte de enxames, a baixa produção de mel, entre outros temas”, recorda. “Neste ano temos o cenário inverso, com alta captura de enxames e excelentes produções”, afirma Conrad, que também integra a Associação dos Meliponicultores do Alto do Vale do Taquari (Amevat), que trabalha estratégias de fomento para a produção de abelhas sem ferrão.