Há anos se discute a necessidade de fazer uma Reforma Política de modo que haja alterações profundas no sistema vigente que contribui para onerar os cofres públicos, tanto pela ineficiência quanto pela falta de democracia e ética. Entre estas aspirações coletivas estão o fim das coligações, excesso de partidos, Caixa 2, compra de emendas parlamentares …
Mas ao que tudo indica, a proposta de Reforma Política proposta pela comissão especial que estudou o assunto e que tramita na Câmara para ser votada até o dia 7 de outubro para valer para as eleições do ano que vem, não contempla mudanças que possam vir a favor da sociedade.
Entre os pontos que mereceram destaque, está o financiamento das campanhas eleitorais.
Com a proibição do financiamento empresarial de campanhas determinada em 2015, no novo modelo poderá ser criado um Fundo Especial de Financiamento da Democracia, com recursos de R$ 3,6 bilhões, divididos entre os partidos e candidatos. São recursos financiados pelo governo, justamente numa época em que há um déficit gigantesco nas contas públicas em R$ 159 bilhões. Há escassez de recursos para a saúde, educação, segurança e investimentos em infraestrutura e este financiamento para a campanha eleitoral caso aprovado vai cair direto na conta dos trabalhadores.
A nova proposta também prevê doações ocultas. Hoje o que está valendo é que a pessoa física pode fazer uma doação de até três salários mínimos sem que seja necessário se identificar. Pela nova proposta poderão ser feitas doações ocultas, sem identificar o nome da pessoa qualquer que seja o valor. Está realmente cada vez mais difícil acreditar em mudanças neste país a curto e médio prazo, diante da possibilidade de aprovação de uma lei que vai exatamente beneficiar aqueles que estão no poder e que, estão fazendo pouco pela coletividade.
O poder da mente
Quando as exigências na vida pessoal, profissional, familiar são muito grandes, o que é frequente na vida cotidiana de muitas pessoas, é preciso parar e prestar atenção em nome da qualidade de vida e saúde do corpo mas principalmente do emocional.
A Organização Mundial da Saúde estima que entre 350 a 400 milhões de pessoas sofrem de alguma forma de depressão que se manifesta de diferentes formas. No Brasil, segundo dados do IBGE, mais de 11 milhões de pessoas adultas já foram diagnosticadas com depressão ou doenças relacionadas, que geralmente tem sua origem em excesso de cobranças da vida moderna. Este número corresponde a 7,6% das pessoas adultas.
Entre as diversas formas de tratamento, uma que está ganhando adeptos é a técnica chamada mindfulness. Médicos e psicólogos que trabalham com a técnica argumentam que as pessoas muitas vezes agem no piloto automático, sem maior envolvimento. Segundo esta linha, as pessoas fazem várias coisas ao mesmo tempo em nome da eficiência e rapidez. Para sair deste piloto automático, a técnica mindfulness trabalha com a atenção plena ao que estamos fazendo em cada momento, desde a atividade mais simples a uma mais elaborada. Pode ser feita de forma informal e através de meditação. De forma informal, ao lavar a louça por exemplo, posso esquecer das preocupações que afetam minha vida e me concentrar apenas ao que estou fazendo como a temperatura da água escorrendo das mãos. À mesa, quando me sento para me alimentar vou prestar atenção à comida. Ao sabor, cor, origem, textura e tantos elementos mais para saboreá-la, sem discussões, explicam os defensores da técnica. Eles argumentam que não prestar atenção a nós mesmos, ao nosso corpo, à nossa respiração, aos nossos sentimentos, ao que é possível fazer em cada momento nos desconecta da vida e nos tira a possibilidade de prestar atenção em pequenas coisas que podem nos dar prazer e alegria. Além da forma informal de treinar a atenção total ao que estamos fazendo a técnica também trabalha com a meditação que é ainda mais focada na nossa forma de respirar e relaxar.