Um dos assuntos mais em pauta na mobilidade urbana, tendo em vista beneficiar o comércio, tem sido como regular o estacionamento. Há mais de 20 anos está na agenda de políticos e líderes empresariais. Já na gestão de João Fuhr como presidente da CDL na década de 1990 fazia parte das preocupações e a partir de 2001, continuou sendo tema recorrente nas reuniões. Mas as ações propostas nunca chegaram a ser um consenso. Neste período foram desenvolvidas várias campanhas que buscavam sensibilizar lojistas e funcionários para que evitassem estacionar na rua principal, ou em frente às lojas e estabelecimentos comerciais, dando a preferência para clientes. Também foram criados estacionamentos alternativos. Na prática, estas campanhas eram bem vindas, porém em curto espaço de tempo eram negligenciadas. Nas últimas semanas, diante do início da pintura de sinalização, novas reclamações e dúvidas em relação à implantação do Estacionamento Rotativo.
No momento há um receio de que quem será mais atingido pela medida serão os próprios lojistas e donos de estabelecimentos comerciais e seus colaboradores nas ruas que serão afetadas pelo rotativo, porque terão que buscar um estacionamento gratuito muito longe do seu local de trabalho, porque simplesmente fazer um rodízio em uma hora e meia é um transtorno para a maioria das pessoas que trabalha. Ou então ter que optar por um estacionamento pago e seguro. Aliás, os que vão entrar no mercado de garagista e estacionamento certamente terão um retorno senão imediato a médio e longo prazo.
Em relação ao polêmico estacionamento, cabe lembrar que o assunto se esgotou principalmente na reclamação dos que tem negócios e não queria que outros estacionassem, a prefeitura acabou tomando uma decisão que vinha sendo postergada por administrações anteriores; na falta de bom senso de quem abusava no estacionamento, sem respeitar o espaço coletivo, nas dificuldades de estacionamento porque tem prédios sem garagem, para enumerar algumas razões do descompasso entre o que é melhor para todos. De qualquer forma agora é aguardar e ver como vai funcionar na prática.
Muitas dúvidas estão sendo esclarecidas nesta edição, com a entrevista do Luiz Fermino Soares, integrante da comissão que estudou as mudanças.
Negócios entre Brasil e Alemanha
Foi muito oportuna a reunião com o presidente e diretor executivo da Câmara Brasil-Alemanha Everson Oppermann e Valmor Kerber que apresentaram possibilidades de aperfeiçoar e investir nas relações comerciais e tecnológicas, além das culturais e turísticas já existentes entre os dois países. Para os executivos, a política protecionista adotada pelo governo de Donald Trump, abre novos caminhos para a comunidade europeia, cuja liderança é da Alemanha e França com países do Mercosul. O Rio Grande do Sul pode ser considerado estratégico, pela sua localização e pelos investimentos que já está recebendo da Fraport (Alemanha) no Aeroporto Salgado Filho que resolve gargalos de logística. Atualmente das mais de 1600 empresas alemãs que existem no Brasil, 90% estão situadas em São Paulo e segundo os dirigentes da Câmara Brasil-Alemanha, os empresários gaúchos, de um modo especial do Vale do Taquari e Arroio do Meio, podem investir e estar abertos a oportunidades que existem entre estes mercados. ”Não somos pequenos nem grandes para deixar de acreditar nestas parcerias”, disseram, destacando ainda que o empresário, independente do seu tamanho, deve pensar com a cabeça de imigrante, que tem coragem para aceitar desafios, estudar, pesquisar e trabalhar com afinco e determinação.
Isenção de IPTU para idosos
Entrou na votação na última quarta-feira e foi aprovado o anteprojeto de lei de autoria dos vereadores Darci Hergessel (PDT); Roque Haas, Vanderlei Majolo e José Elton Lorscheiter, todos do PP, que amplia os benefícios da isenção e pagamento de IPTU para idosos com 70 anos ou mais ou aposentadas por invalidez. O que a bancada oposicionista quer e sugere é que a lei beneficie todos os que se enquadram nestas duas categorias, mas que tenham um único imóvel, independente de metragem e que esteja cadastrado na prefeitura pelo período mínimo de 20 anos. Pela proposta poderá entrar em vigor em janeiro deste ano, mas a decisão final será do Executivo.
Sobre a democracia de Direita ou Esquerda
“Nossa questão crucial é não termos o hábito da discussão política. Precisamos tentar sair desta história de que um lado é bom e o outro é ruim, um é certo e o outro errado, um é honesto e o outro é ladrão. Desse jeito, as pessoas não conseguem aceitar um princípio básico da democracia, que é a existência de uma via de direita e outra de esquerda e ambas serem democráticas”, Renato Janine Ribeiro – Professor de Ética e Filosofia da USP, foi secretário de Educação por um curto período no Governo de Dilma Rousseff.

