Como todos sabem estamos em ano eleitoral e na próxima quarta-feira, irá ao ar um capítulo importante das prévias do pleito. Três desembargadores da segunda instância de Porto Alegre serão responsáveis pelo julgamento do ex-presidente no processo do tríplex localizado no Guarujá, em São Paulo. Em primeira instância, o juiz Sergio Moro condenou Lula a nove anos e meio de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Lula teria recebido R$ 2,2 milhões de propina da OAS na reforma do tríplex e teria ocultado ser dono do imóvel. Desde o início, Lula nega ser dono do imóvel e nesta linha de defesa, da falta de provas, vão todos os que se mobilizam em torno de uma grande manifestação de apoio na próxima quarta-feira em Porto Alegre. O assessor de Gabinete da prefeitura de Marques de Souza, Aurio Scherer, militante e experiente em mobilizações já estará um dia antes em Porto Alegre para ajudar na organização. Ele também defende a mesma linha de defesa: faltam provas de que Lula seja o dono do tríplex.
Não se sabe qual será a definição dos desembargadores, mas a mobilização e pressão está ligada ao interesse de que Lula, principal líder do Partido dos Trabalhadores, seja inocentado para que possa concorrer nas eleições de outubro a presidente da República. Líder em pesquisas eleitorais, se for condenado poderá se tornar inelegível pela Lei da Ficha Limpa e, neste caso, o partido não teria um candidato preparado e com tamanha popularidade para concorrer. Mas de qualquer modo, julgado culpado ou inocente na quarta-feira, ainda haverá recursos neste nosso sistema jurídico cheio de brechas que permite que os processos se arrastem por anos, principalmente se tiver um bom advogado.
Diante de tamanha mobilização em andamento, o tempo e o dinheiro que já foram envolvidos neste e tantos outros processos que envolvem poderosos, principalmente desde a época do Mensalão (história recente) há uma “instância” morimbunda: a ética na política. Para ser eleito pelo povo, estar e ocupar um cargo público no Brasil, muitos têm se valido de ferramentas como marketing eleitoral a peso de ouro, corporativismo, distribuição de benesses, acordos duvidosos para atender interesses pessoais e partidários, desvio de dinheiro… Foco e concentração em agendas positivas, voltadas para a educação e saúde principalmente de base, tem sido muito prejudicadas por conta do desvirtuamento das ações dos que ocupam cargos públicos eleitos ou indicados.
Janeiro Verde
O câncer do colo do útero é o terceiro mais frequente na população feminina do Brasil com cerca de 16 mil novos casos a cada ano. Assim como tem o Outubro Rosa, que procura conscientizar as mulheres sobre a importância dos exames preventivos do câncer de mama, o Janeiro Verde alerta para os riscos do câncer do colo do útero. Segundo o Instituto Nacional do Câncer, a incidência dos casos está relacionada ao contágio por HPV, um tipo de vírus disseminado por contágio sexual. A prevenção e vulnerabilidade diante do contágio pode ser feita com vacina, que deve ser aplicada preferencialmente antes de iniciar a vida sexual e uso de preservativos. Evitar hábitos que prejudicam a saúde como tabagismo e uso prolongado de pílulas anticoncepcionais também são recomendados para prevenir o tumor.

