NOSSA CAPA
    DESTAQUES

    Nova ponte sobre o arroio Bravo recebe investimento de R$ 409 mil

    25 de outubro de 2025

    Estado permite alunos passarem de ano mesmo com reprovações

    25 de outubro de 2025

    Seminário discute enfrentamento à violência contra mulheres e meninas

    24 de outubro de 2025
    Facebook Twitter Instagram
    Facebook Twitter Instagram
    O Alto TaquariO Alto Taquari
    ASSINAR
    • LEIA ONLINE (PDF)
    • Início
    • CATEGORIAS
      • Agricultura
      • Comércio
      • Cultura
      • Economia
      • Educação
      • Geral
      • Política
      • Polícia
      • Política
      • Saúde
      • Tecnologia
      • Trânsito
      • Transporte
      • Turismo
    • Cotidiano
    • Colunas
      • Isoldi Bruxel – Apartes
      • Alexandre Garcia
      • Resenha do Solano
      • Ivete Kist – Carta Branca
      • Alício Assunção – Mais Turismo
      • Gilberto Jasper – Em Outras Palavras
    • Esportes
      1. Bocha
      2. Copa Pituca
      3. Escolinhas
      4. Futebol
      5. Futebol Amador
      6. Futsal
      7. Gauchão
      8. Motocross
      9. Outros esportes
      Featured

      Bocha para Veteranos define semifinalistas neste sábado

      11 de outubro de 2025
      Recent

      Bocha para Veteranos define semifinalistas neste sábado

      11 de outubro de 2025

      Salão Paroquial sedia rodada final do futsal de Arroio do Meio

      26 de setembro de 2025

      Luana Meyer Kramer é campeã e melhor jogadora do Festival Voley de las Sierras

      13 de setembro de 2025
    • ESPECIAIS/CADERNOS
      • 50 anos da AMAM
      • Arroio do Meio – 85 Anos
      • Eleições 2022
      • Escola São Caetano – 110 anos
      • Agrovale
    O Alto TaquariO Alto Taquari
    You are at:Início » Produzir de forma consciente para garantir o futuro das próximas gerações
    Especial

    Produzir de forma consciente para garantir o futuro das próximas gerações

    adminBy admin22 de setembro de 2018Nenhum comentário10 Mins Read
    Facebook Twitter Pinterest LinkedIn Tumblr Email
    Compartilhar
    Facebook Twitter Pinterest WhatsApp Email

    Toda vez que um consumidor vai até a propriedade da família Ferrari e compra um produto orgânico não está apenas investindo na própria saúde. Está fortalecendo um sistema de produção sustentável que oportuniza trabalho, gera renda e se preocupa em preservar o meio ambiente para as futuras gerações.

    Há mais de 15 anos uma necessidade fez com que o casal Márcia e Carlos Ferrari, de Forqueta, Arroio do Meio, visse no quintal de casa uma oportunidade. Sem escola infantil para deixar a filha Hélen, que acabara de nascer, Márcia teve que sair do emprego na fábrica de calçados. Sem outra opção de trabalho e com uma propriedade pequena, percebeu que a solução estava na horta. Como sempre produzira de forma orgânica, não teve dificuldades em ingressar no grupo de Agricultores Ecologistas de Forqueta. Com orientação da Ascar-Emater/RS, ampliou a produção de legumes, verduras, hortaliças e morangos, que até então eram apenas para consumo próprio, e se tornou uma fornecedora de alimentos saudáveis.

    O reinício da Feira do Produtor e a aquisição de alimentos orgânicos para a merenda escolar ampliaram as possibilidades de comércio e assim, Carlos também deixou a iniciativa privada para se dedicar à agroecologia. Há sete anos a horta que ocupa meio hectare de terra é a única fonte de renda da família.

    Certificados como produtores orgânicos desde 2012, nunca deixaram de se aperfeiçoar e inovar. O grande salto dos Ferrari, e que os torna uma referência regional e estadual no ramo, foi o sistema colhe e pague. Implantado há quase cinco anos, o colhe e pague deu outra perspectiva para a propriedade. Hoje Carlos e Márcia oferecem não só um produto saudável e nutritivo, mas a experiência de o consumidor colocar um chapéu de palha, ir na horta, escolher e colher o alimento que vai levar para casa. Para muitos é a oportunidade de voltar a sentir o cheiro e o contato com a terra da infância.

    Para oferecer este diferencial foi construído um espaço para receber os turistas e a horta foi diversificada. “O mix é muito importante. Quem vem colher quer variedade e não quantidade”, observa a empreendedora. Para poder ofertar a variedade desejada pelo consumidor, o conhecimento na lida com a terra e a observação são fundamentais. Mesmo num espaço pequeno conseguem oferecer várias opções: alho poró, aipim, cenoura, rabanete, couve-flor, espinafre, alho, beterraba, morangos, três tipos de batata, tomate pequeno, pimentão, pepino, berinjela, tempero verde, chás, entre outros.

    Como não é feito o uso de qualquer produto químico na produção orgânica, nem na adubação, nem no controle de pragas, é preciso entender como o ecossistema se comporta. Desde a função de cada inseto, até o uso do inço na proteção do solo. Por isso é muito comum ver nos canteiros a produção consorciada, a fim de que uma planta proteja a outra de predadores.

    Plano de negócios e qualificação

    Márcia, que em fevereiro de 2014 foi agraciada com o Prêmio Sebrae Mulher de Negócios – categoria produtora rural – ciclo 2013, diz que de nada adianta ter uma boa produção se não houver consumidor. Elenca o plano de negócios como uma ferramenta imprescindível para o sucesso do empreendimento. “Se tu não tiveres um plano de negócios para vender, tu te frustras porque vai perder produto. Quando está no ponto precisa ser colhido”.

    Neste sentido, o sistema colhe e pague acaba oferecendo mais uma vantagem. Sem intermediário, o consumidor vai até a propriedade comprar. Assim Carlos e Márcia não precisam colher, lavar e embalar, e sim apenas atender a quem chega. Se por um lado as visitas demandam atenção e tempo, por outro, é justamente isso que fideliza o cliente. Desde que a Agroecologia Ferrari inaugurou esse sistema de vendas, já recebeu pessoas de vários lugares, de outros estados e até do exterior. Muitos chegaram até a Forqueta atraídos pelas postagens em redes sociais, uma ferramenta que tem ampliado os negócios. “O consumidor não leva só nossos produtos. Leva também a experiência e conhecimento. Nós também aprendemos com eles. É uma troca. É difícil ter um dia que não venha ninguém, mas quando isso acontece sentimos falta”, dizem.

    Carlos, Márcia e Hélen vivem uma vida simples, de interior. Têm a consciência de que a agroecologia não é apenas um negócio, é uma escolha de vida. “Tem quem veja só o lado econômico. Mas estamos fazendo bem para nossa comunidade, cuidando do planeta, vivendo num ambiente saudável. Vendendo saúde. A agroecologia é amor à terra, ao planeta. Estamos felizes no nosso trabalho. As vezes pode ser mais trabalhoso do que o convencional, mas compensa. Levamos uma vida simples, administramos o nosso negócio. Vivemos bem em meio hectare de terra”.

    Desenvolvimento sustentável

    A Agroecologia Ferrari é apenas um dos vários exemplos de produção orgânica bem-sucedida que Arroio do Meio contabiliza. O engenheiro agrônomo André Michel Müller, do escritório local da Ascar/Emater-RS conta que em 1999, quando sequer existia a legislação dos alimentos orgânicos, teve início um trabalho focado neste modo de produção. Quando a legislação foi finalizada, no início dos anos 2000, os agricultores já estavam produzindo.

    Nestes quase 20 anos, as famílias que apostaram na agroecologia como uma alternativa de diversificação e renda, ajudaram a desencadear mudanças significativas no modo de pensar e de produzir. Impulsionaram uma forma de desenvolvimento mais sustentável e que por vezes, passa despercebido, quase engolido pela ideia de que desenvolvimento só tem valor quando envolve grandes cifras e ações.

    Para as famílias que produzem alimentos mais saudáveis, agregando renda e preservação ambiental às suas propriedades, os ganhos vão muito além dos financeiros, já que existe um aspecto social relevante. “O retorno social é muito importante. Temos jovens voltando para o meio rural porque sabem que a produção da família tem o reconhecimento da sociedade. São reconhecidos por produzir alimentos saudáveis”, observa Müller.

    Tanto que o mercado para os produtos orgânicos não para de crescer. Hoje as possibilidades de venda incluem a Feira do Produtor, a merenda escolar, o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), mercados e restaurantes, feiras regionais e a venda direta. Em Arroio do Meio são 15 famílias que se identificam e assumem serem produtoras de orgânicos. Destes, sete possuem certificação de produto orgânico, o que os habilita a vender também em mercados; quatro tem o reconhecimento de produto orgânico, podendo comercializar para o consumidor final e outros quatro ainda não possuem certificação ou reconhecimento.

    Assim como aumentou o número de produtores ao longo dos anos, houve avanços na variedade e na quantidade produzida. Não há um levantamento preciso do volume produzido no município. Contudo, André destaca que a inclusão dos orgânicos na merenda escolar expandiu consideravelmente a produção. “Provocou a busca da diversidade, a expansão de potenciais dos produtores, agregando variedade”.

    Na avaliação do agrônomo, a qualidade também está muito melhor nos dias atuais. Isso porque os produtores agregaram conhecimento e a fase de transição – do convencional para o agroecológico – ficou para trás. “À medida que se avança na proposta de produção orgânica o produto fica mais bonito, mais apresentável”. Ele observa ainda que o conhecimento de quem produz, adquirido na prática, faz toda a diferença. “O técnico repassa princípios, mas é o agricultor quem sabe como sua propriedade funciona. É ele que está lá todos os dias observando”.

    Quanto à forma agroecológica de produção, André aponta que só há ganhos. Ganha quem consome, ganha quem produz e ganha o planeta. Salienta, inclusive, que os custos de produção costumam ser menores, já que são usadas apenas caldas e adubo orgânico e os recursos da biodiversidade têm melhor aproveitamento.

    Mais ação concreta

    A forma de produzir alimentos hoje pode impactar diretamente na vida das futuras gerações. A preservação do solo, de sementes e variedades crioulas, da água e, sobretudo do conhecimento repassado através das gerações, são fundamentais para garantir água potável e que a terra continue dando bons frutos.

    A consciência de produção sustentável cada vez ganha mais espaço de discussão na sociedade. E é justamente para ampliar e aprofundar este debate que se originou o Instituto de Sustentabilidade e Resiliência (ISR). Trata-se de uma organização sem fins lucrativos criada por um grupo de diversos profissionais que visa, entre outros aspectos, fomentar valores e princípios filosóficos sustentáveis, bem como elaborar projetos sustentáveis para o benefício das comunidades e ampliar o conhecimento técnico e científico sobre a questão.

    Na opinião do presidente do Instituto, Volnei Alves Corrêa, ainda há um longo caminho a ser percorrido no quesito desenvolvimento sustentável. Ele adverte que, na realidade, quase a totalidade dos modelos de produção e desenvolvimento são insustentáveis. Isso porque os insumos, o processo e o resultado final não leva em conta o melhor aproveitamento da matéria-prima. “Sem falar, na necessidade de os recursos humanos serem, devidamente treinados. Todo o modelo que não se preocupa com o desperdício está fadado a ser insustentável. Um dos princípios básicos da sustentabilidade é reduzir ao máximo todo e qualquer tipo de desperdício”.

    Para o ambientalista, falta ação por parte da população e dos governos. Observa que há mais pré-ocupação do que ocupação, de fato. Explica que palavra preocupado, tem a sua formação do prefixo pré e do adjetivo ocupado. “Quando alguém se preocupa, ela, na realidade está gastando energia, sem se ocupar. Ela apenas gasta energia em pensamento. Dentro desta lógica, na minha opinião, a população precisa se preocupar menos e se ocupar mais com a questão da sustentabilidade. O investimento dos governos tem sido mínimo, porque como um reflexo dos hábitos da população, eles se pré-ocupam, e consequentemente não se OCUPAM, na busca de solução para os problemas, que muitas vezes exigem menos recursos do que se imagina”.

    Corrêa, que é bacharel em Economia e em Administração Pública e de Empresas, com mestrado em Auditoria e Gestão Ambiental, pela Universidad de Leon, em Madri, reforça que mesmo que não haja um plano de ação maior, é de suma importância que cada um esteja consciente e faça sua parte, seja com pequenas ações, como a produção agroecológica de alimentos, para um mundo mais sustentável.

    Para exemplificar lembra de uma historinha que relata a ocorrência de um grande incêndio numa floresta e todos os animais correram em direção a um pequeno arroio. “Uma raposa, em sua disparada em direção ao arroio, viu um beija-flor voando em direção ao fogo. Logo pensou consigo mesma: este beija-flor está louco, vai morrer! Segundos depois viu o beija-flor voltar, indo ao arroio onde com seu pequeno bico pegou algumas gotas de água e, começou a voar em direção ao fogo. A raposa o interrompeu e perguntou: beija-flor o que estás fazendo? Pensas que com este mínimo de água, carregado em teu bico, irás apagar o fogo? Não, respondeu-lhe o beija-flor. Mas eu ESTOU FAZENDO A MINHA PARTE. Moral da história: se cada um de nós fizermos a nossa parte, com certeza teremos um planeta melhor cuidado, uma vida mais sustentável, um futuro para as novas gerações”.

    Arroio do Meio
    admin
    • Website

    Postagens Relacionadas

    Nova ponte sobre o arroio Bravo recebe investimento de R$ 409 mil

    25 de outubro de 2025

    Ponte de Bela Vista do Fão é reconstruída

    4 de outubro de 2025

    Safra de trigo em Arroio do Meio deve superar anos anteriores, mas área cultivada segue baixa

    28 de setembro de 2025

    Produtor investe em tecnologia de desidratação de carcaças de suínos

    27 de setembro de 2025
    Não perca

    Nova ponte sobre o arroio Bravo recebe investimento de R$ 409 mil

    25 de outubro de 2025

    Com a liberação de uma verba de R$ 409 mil da Defesa Civil Nacional, através…

    Estado permite alunos passarem de ano mesmo com reprovações

    25 de outubro de 2025

    Seminário discute enfrentamento à violência contra mulheres e meninas

    24 de outubro de 2025

    Evento marca o Dia da Liderança Comunitária e valoriza o trabalho voluntário

    24 de outubro de 2025
    Manter contato
    • Facebook
    • Instagram
    Nossas Escolhas

    Nova ponte sobre o arroio Bravo recebe investimento de R$ 409 mil

    25 de outubro de 2025

    Estado permite alunos passarem de ano mesmo com reprovações

    25 de outubro de 2025

    Seminário discute enfrentamento à violência contra mulheres e meninas

    24 de outubro de 2025

    FAÇA SUA ASSINATURA

    Faça sua assinatura e receba semanalmente o seu Jornal O Alto Taquari no conforto de sua casa ou empresa.

    Sobre nós
    Sobre nós

    Fundado em 1967, o jornal O Alto Taquari, desde o princípio, teve um enfoque comunitário, dando espaço e repercussão para iniciativas e fatos do cotidiano dos municípios de atuação.

    Desde os anos 80, o periódico está sob a coordenação e direção de Isoldi Bruxel. Neste período, o jornal acompanhou as mudanças que ocorrem em âmbito regional, nacional e até mesmo mundial, principalmente em termos de tecnologia e empreendedorismo, que influenciaram as relações e ambientes sociais, econômicos e culturais.

    Nossas Escolhas

    Nova ponte sobre o arroio Bravo recebe investimento de R$ 409 mil

    25 de outubro de 2025

    Estado permite alunos passarem de ano mesmo com reprovações

    25 de outubro de 2025

    Seminário discute enfrentamento à violência contra mulheres e meninas

    24 de outubro de 2025

    Evento marca o Dia da Liderança Comunitária e valoriza o trabalho voluntário

    24 de outubro de 2025
    INFORMAÇÕES GERAIS

    Pérola Editora Jornalística Ltda.
    Diretora/editora: Isoldi Bruxel
    Impressão: Gráfica UMA
    Periodicidade: semanário com circulação às sextas-feiras
    Área de abrangência: Arroio do Meio, Capitão, Travesseiro, Pouso Novo e Marques de Souza

    Rua Dr. João Carlos Machado, 775, 2º piso
    Caixa Postal 67 – Arroio do Meio – RS
    CEP 95940-000
    Telefone: 51 3716 1291
    E-mail: jornal@oaltotaquari.com.br

    O Alto Taquari
    Facebook Instagram WhatsApp
    © 2025 Todos os Direitos Reservados ao Jornal O Alto Taquari. Por Drops Criativa.

    Type above and press Enter to search. Press Esc to cancel.