Os 147.306.295 eleitores brasileiros voltam às urnas neste domingo para o segundo turno da eleição presidencial, disputada por Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT). No Distrito Federal e em mais 13 estados, incluindo o Rio Grande do Sul, também ocorre o segundo turno na eleição a governador. Eduardo Leite (PSDB) e José Ivo Sartori (MDB) venceram o primeiro turno, e no domingo os gaúchos escolhem quem vai comandar o Estado pelos próximos quatro anos.
Os dois resultados, para presidente e governador, confirmaram a polarização de ambas as eleições. As pesquisas de intenção de votos já sinalizavam o enfrentamento de Bolsonaro e Haddad e Leite e Sartori. Se antes a estratégia era baseada em chegar no segundo turno, nas semanas decisivas as coligações optaram por um discurso mais duro nas propagandas do segundo turno, no intuito de conquistar o eleitor que votou em outro candidato no início do mês.
Bolsonaro, que recebeu 46,03 % dos votos válidos no primeiro turno, optou por não participar de debates com Haddad no segundo turno. Isso porque ele ainda se recupera do atentado à faca sofrido em setembro e também por estratégia do partido. Assim, quem esperava ver a discussão de ideias e propostas de forma mais aprofundada, não conseguiu, tendo de se basear apenas no que os dois disseram na propaganda eleitoral, em entrevistas, eventos e nas suas plataformas de campanha. Na campanha do segundo turno, tanto a coligação Brasil Acima de Tudo, Deus Acima de Todos (PSL/PRTB) do candidato Bolsonaro, quanto a coligação O Povo Feliz de Novo (PT/PC do B/Pros) do presidenciável Haddad, apostaram no ataque e desqualificação do adversário.
Os candidatos também disputaram o apoio daqueles que foram adversários no primeiro turno. Embora oficialmente partidos como PSDB, MDB, DEM, PP, PV, Patriota, Novo, Podemos e Solidariedade declararam neutralidade na esfera nacional, ou liberaram seus correligionários para apoiarem quem mais se aproxima com a realidade estadual ou local, há muitos líderes partidários que tomaram uma posição. O candidato petista conta com o auxílio dos ex-candidatos à Presidência Guilherme Boulos (PSOL) e Ciro Gomes (PDT) e Marina Silva (Rede) que declararam apoio crítico, além dos partidos PSOL, PCB, PDT, PPL e PSB. Já o capitão da reserva do Exército, conta com o reforço oficial do PSC, PTB e PSD e de outros correligionários de vários partidos que são simpáticos à sua candidatura e a apoiam, mesmo sem ter o posicionamento oficial das siglas.
No Estado, Eduardo Leite da coligação Rio Grande da Gente (PSDB/PTB/PRB/PPS/PHS/Rede/PP) e o atual governador José Ivo Sartori, da coligação Rio Grande no Rumo Certo (MDB/PSD/PSB/PR/PSC/PATRI/PRP/PMN/PTC) tiveram pelo menos três oportunidades de confrontarem suas ideias e propostas em debates. O último aconteceu ontem à noite.
Os dois candidatos apoiam Bolsonaro para a eleição presidencial. No segundo turno Sartori agrega o apoio dos ex-candidatos Jairo Jorge (PDT) e Mateus Bandeira (Novo), além do DEM e do PSL. Leite conta com o reforço do Podemos, Pros, PMB, PV, Solidariedade.
O PDT, PT, Novo e PSOL decidiram não abrir apoio a nenhum dos candidatos.