Se eu tivesse muito, mas muito dinheiro meeeeesmo, o que eu faria?
Pouca gente se faz esta pergunta, mas todos os dias somos assaltados por pensamentos do tipo:
– Bah… se eu tivesse muito dinheiro eu compraria isto. Se tivesse grana para esbanjar eu viajaria para tal lugar!
Esta semana, entre os devaneios de final cochilando na lotação que me leva do centro de Porto Alegre para casa, refleti sobre a questão.
Se pudesse fazer apenas uma coisa, o que faria?
Em segundos descobri meu sonho de consumo: organizar uma grande festa convidando todos os amigos que pudesse, regada com boa música, churrasco e cerveja gelada. Ok… podia ter espumante, vinho e caipirinha também. Afinal, não precisaria economizar.
Nunca comemorei meu aniversário como gostaria. Para ser sincero, durante muito tempo a data me deixava meio depressivo, tristonho. Nada a ver com o envelhecendo. Mas a chegada dos meus dois filhos e o espírito festeiro da minha mulher mudaram meu comportamento.
O falecimento de um amigo nos enche de arrependimento, angústia e até de culpa
Na data de nascimento quase sempre faço um churras em casa ou reúno convidados em um bar com preço acessível, ceva gelada, fácil acesso e conhecido dos participantes. Mas sempre esqueço de muitas pessoas, o que desanima.
Reunir velhos amigos, ex-colegas de aula e de adolescência, parceiros antigos e recentes, desponta como um projeto que, talvez, um dia, consiga viabilizar. Depende de uma série de fatores como encontrar um local adequado e, por óbvio, dispor de recursos para bancar a confraternização.
Estar ao lado de pessoas especiais e com meus familiares seria um momento de realização. Acredito que muitas pessoas acalentem este sonho, típico de quem gosta de bater papo, estar cercado de gente legal e curtir boa música.
À medida que a idade avança ideias deste tipo são mais frequentes no meu imaginário. Isso fica mais presente com a sucessão de tragédias que abalam o cotidiano como vem acontecendo desde o início de 2019. A variedade e a repetição de calamidade são tão vastas que sequer conseguimos nos recuperar porque outra desventura ocorre em seguida.
Com o avanço da tecnologia é possível resgatar momentos que pareciam vivos apenas na nossa memória. Já é possível localizar velhos amigos pelas redes sociais e até recuperar imagens de eventos que marcaram nossa vida.
Precisamos, apenas, perseverar, levando adiante nossos projetos de reencontro. O falecimento de um amigo nos enche de arrependimento, angústia, até de culpa por não rever afetos. Este é, a partir de agora, uma intenção a concretizar. Avante!