Segundo estatísticas da Nielsen Company empresa global de informação, dados e medição, após sucessivas quedas no consumo, -8,3% em 2015, -3,5% em 2016 e uma leve alta de 0,3% em 2017 a indústria de chocolates do Brasil e do Rio Grande do Sul fechou com superávit de 2,6% em 2018. E as perspectivas são favoráveis economicamente para 2019.
No Vale do Taquari, a indústria de chocolates emprega mais de 700 pessoas e produz mensalmente em torno de 84,5 toneladas. A Região conta com as marcas mais tradicionais do RS e do Brasil, além de empresas novas que estão tendo bom desempenho nos negócios. Todas elas estão em constante inovação para atender as novas tendências de consumo.
Para dar conta da demanda da Páscoa, que é uma data estratégica para o segmento, algumas fábricas aumentaram em 20% o quadro de empregados, contratando funcionários temporários, além do aumento de turnos. Nestas empresas, as linhas de produção já foram projetadas em dezembro.
A Neugebauer, de Arroio do Meio está operando com 380 colaboradores somente na divisão de chocolates e, com o candies, atinge 620 operários. No momento, a produção diária de chocolates é de 60 toneladas, sendo que a capacidade instalada é de 70 toneladas. Com os candies e o doce de leite, a produção alcança 118 toneladas/dia.
Segundo a assessoria de imprensa, a indústria fechou 2018 com 3,9% de aumento na venda de chocolates no país e representa 11% do mercado nacional. No Estado é a terceira marca mais consumida do mercado com 19,6 pontos de marketshare (base Nielsen Ano Móvel Fev/19). No interior do RS é líder no segmento tabletes com 30,3 pontos de marketshare. E a marca Bib’s disputa a liderança de mercado no segmento confeitos com o M&Ms.
No Brasil, ainda há grande potencial de crescimento e uma das prioridades é o aumento da distribuição das suas marcas nos Estados do Sudeste, PR, SC e principais clientes no Nordeste.
Além da renovação e lançamento de novos produtos da marca Bib’s, a Neugebauer promove as barras familiares de 80, 85 e 90g. O objetivo é contar a história da marca fundada em 1891 e torná-la mais inclusiva. Para a Páscoa de 2019 o destaque são os kits presentes, com preços atrativos.
No momento a produção diária de chocolates é de 60 toneladas, sendo que a capacidade instalada é de 70 toneladas.
Outra antiga no segmento, é a Chocolates Haenssgen, de Cruzeiro do Sul. Fundada há 125 anos, a fábrica conta com 105 colaboradores e um mix de 107 itens. A área de atuação é no setor de food service (recheios, chocolates e coberturas para pizzarias, padarias, indústrias e etc.) e varejo – principalmente na linha de chocolates zero adição de açúcar, sem lactose e sem glúten.
Além da própria marca, produzem para diversas marcas como ChocoSoy Olvebra, Max Titanium, Divine, Flormel, Mundo Verde, Lightsweet Lowçucar, Armazém da Colonia, Caracol Chocolates, Florybal Chocolates, Dynamic Lab, entre outras. De acordo com o diretor comercial Maurício Augusto Haenssgen, a Páscoa tem um aumento significativo nas vendas da linha Food e Funcional. No geral avalia que as vendas estão em crescimento. “Nosso plano é seguir neste caminho priorizando a qualidade dos nossos produtos”, destaca.
Uma empresa mais jovem, mas não menos importante, é a Chocolates Divine, de Encantado. Com um pouco mais de sete anos de atuação, conta com 200 funcionários e mais de 100 itens no mix. Além da marca própria, fabrica produtos para marcas de grandes redes.
Com um crescimento anual superior a 40%, nos últimos anos, a empresa atende principalmente o Rio Grande do Sul, onde o Vale do Taquari é o maior consumidor, e ainda está presente em oitos Estados do Brasil. Também exporta para o Mercosul e Nova Zelândia. Entre as metas, até 2021, está a presença em todos os estados do Brasil e o crescimento anual próximo a 50%.
Recentemente, a empresa recebeu uma premiação internacional em Dubai, com a linha de chocolates For Fit com Whey Protein, considerado um chocolate inovador. A empresa está ampliando o espaço físico.
Além das grandes indústrias, o número de fábricas artesanais também é expressivo na Região. É caso da Requinte Chocolatteria, do bairro São José, Arroio do Meio. A empresa emprega cinco colaboradores e, para atender a demanda da Páscoa, triplica o quadro. Em seu mix estão mais de 100 itens, com destaque para alfajores, doces para festas, trufas e ovos de Páscoa. A proprietária Bernadete Both, destaca a qualificação nos funcionários e importância de utilizar uma matéria-prima de qualidade. A empresa cresce 15% ao ano e integra o Roteiro Turístico Entre Vales e Arroios.
Saiba mais: A principal matéria-prima do chocolate é o cacau. Os fornecedores para produção de chocolate na Região são do Nordeste do Brasil e de países da África. Um dos principais componentes, o leite em pó, é adquirido de fábricas da própria Região. Os demais ingredientes como amêndoas e o açúcar são adquiridos no mercado interno.