Quem gosta de viajar, alguma vez já se hospedou em hotéis da rede Hilton e sabe que se tratam de bons lugares para ficar. O que talvez não conheça é a origem da empresa. Ela começou com Conrad Hilton, que conta sua história no livro: “Be my gest”- uma leitura que recomendo.
Conrad Hilton nasceu nos Estados Unidos em 1887 e viveu até janeiro de 1979. Teve uma vida longa e produtiva de nada menos do que 92 anos. Era filho dos imigrantes Gustavo e Maria – pai, norueguês; mãe, alemã – os quais se aventuraram pelos territórios quase desertos do sudoeste e prosperaram na força do próprio trabalho.
Conrad foi o segundo dos oito filhos do casal. Desde cedo ajudava na venda que a família mantinha numa pequenina cidade do interior. Aos 13 anos já lhe cabiam as responsabilidades de um adulto. Com gosto para empreender, foi aos poucos experimentando novas oportunidades de negócios. Fez várias tentativas até se estabelecer no ramo da hotelaria, onde acabou por criar um verdadeiro império. Trata-se da rede Hilton de hotéis, que hoje em dia conta com mais de cinco mil unidades em 113 países e um exército de 163 mil empregados.
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Connie, como Conrad Hilton era chamado, nunca se queixou do trabalho. Aiás, sua receita de sucesso incluía dois componentes: trabalhar e rezar. Ele aprendera com a experiência dos pais que vencer na vida demandava muito suor. Quanto a rezar, tinha uma fórmula que fazia questão de propagandear: rezar sempre, mas rezar mais ainda nas horas difíceis. Se a pessoa estiver habituada a rezar, ninguém (nem Deus) estranha. Se a pessoa não estiver, essa é a melhor hora para começar.
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O interessante é que Connie frequentou poucos anos de escola. As escolas eram raras no seu tempo de estudante. Mas fazia questão de dizer que passou a vida aprendendo. Ele conta que foi preciso aprender a falar em público, a se vestir corretamente e, principalmente, a conversar com as pessoas. Para isso, nada ajudou tanto como gostar de ler e ler muito. O resultado é que nunca precisou se sentir envergonhado, nem quando esteve com reis, rainhas e presidentes.
Conrad Hilton não ficou rico da noite para o dia. Muitas vezes as coisas deram errado, houve crises e fracassos. Foi preciso perder batalhas para não perder a guerra. O que o salvou foi o nome honrado e a determinação de não abandonar os sonhos. Pelo contrário, cada fracasso servia de estímulo para continuar sonhando.
“Be my guest” é um livro inspirador. Pode ajudar qualquer um de nós – mesmo que a gente nem esteja interessado em ser rico e famoso.