Na terça-feira, dia 14, às 20h, representantes da comunidade de Picada Felipe Essig de Travesseiro, terão uma reunião com a empresa de tecnologia Infomaxx, de Capitão, para avaliar custos e operação da internet por fibra ótica.
O encontro está sendo intermediado pela Administração Municipal, que pretende instalar internet no Posto de Saúde de Três Saltos Baixo e oportunizar aos produtores mais qualidade de conexão para emissão da nota fiscal eletrônica. A empresa pretende instalar uma rede de fibra ótica de sete quilômetros, desde a ponte que faz divisa com Marques de Souza, até a divisa com Três Saltos Baixo, onde residem mais de 100 famílias.
A inconstância do sinal de internet via rádio e de telefonia móvel, estava gerando muitos transtornos, especialmente aos produtores integrados que precisam se deslocar até a secretaria da Agricultura para emissão e para garantir o carregamento da produção.
A previsão da empresa, de acordo com o sócio proprietário, Gaspar Poletto, é de que, pelo menos, 50 famílias contratem o serviço de forma imediata. O custo de instalação com 150 metros de cabeamento, entre o ponto de cada propriedade e a rede, ficará entre R$ 200 e R$ 250. As mensalidades, com pacotes de até 40mb, partem de R$ 79.
A instalação da rede deve ser concluída em dois meses. Lembrando que a empresa já atende a zona urbana do município, até a ponte sobre o arroio Forqueta. Também atende a zona urbana de Marques de Souza, as margens da BR-386 de Picada Flor, Linha Perau, até Lajeado, além de Capitão e Pouso Novo.
Os integrantes da Associação de Moradores de Picada Essig, Décio Elson Klein e Maicon Wiland Thiesen, consideram a iniciativa como um programa social para comunidade, já que os produtores estão na fase final para emissão nota fiscal eletrônica. Segundo eles a queda no sinal da internet via rádio não é de apenas algumas horas, às vezes leva dias para o reestabelecimento. Conforme cálculos preliminares, acreditam que o custo de instalação e mensalidade são fáceis de ser incorporados pelas famílias, comparada ao custo de manutenção de um smartphone.
Asfalto, pavimentação e caminhódromo
Outro anúncio da Administração Municipal é o asfaltamento de 1,6 km, referentes ao trecho de estrada de chão entre os dois asfaltos em Picada Felipe Essig, a implantação de um caminhódromo do Centro até a divisa com Marques de Souza e o calçamento da rua Friedhold Majolo, em seus dois eixos. De acordo com o chefe de gabinete, Lasier Amauri Delazeri, os projetos irão para licitação em breve e devem ser executados com recursos próprios, iniciando neste ano.
Já o asfaltamento de 2,8 km na estrada de Cairu Fundos e a sequência do asfaltamento de Picada Essig, até Três Saltos Baixo, de pouco mais de 1 km, dependerão da contratação de financiamento que passa por aprovação da Câmara de Vereadores. “Incentivamos a criação de comissões para sensibilizar os vereadores de que a causa é popular. A economia com manutenção das vias será maior do que a taxa de juros, além disso os moradores, proprietários de veículos que transitam na via, também serão beneficiados”, esclarece.
Lasier explica se o fluxo de caixa manter o superávit o asfaltamento em Cairu e a sequência em Picada Essig, pode vir a ser feito também com recursos próprios a partir de 2020, porém, o período eleitoral pode dificultar a realização ainda neste mandato. O município conta com R$ 3,5 milhões em caixa.
Moradores salientam importância do asfaltamento
O presidente da Comissão Pró-Asfalto de Picada Essig, Décio Elson Klein, e o integrante Maicon Wiland Thiesen, revelam que o movimento na via de Picada Felipe Essig começa a ficar intenso desde o início de cada manhã. Por dia circulam em média 16 ônibus, de estudantes, funcionários de fábricas e de linha, três transportadores de leite, além de inúmeros veículos de carga para atender integrados, com mais de dois eixos, seja no escoamento da produção ou no fornecimento de insumos, além de técnicos e os próprios moradores, que se deslocam para trabalhar diariamente. “A estrada não é ruim, mas a nuvem de poeira incomoda”, ressaltam.
Segundo eles, nos dois trechos sem asfalto na comunidade cerca de 45 famílias residem na margem da estrada e sofrem com a poeira constantemente e dezenas de outras famílias também serão beneficias por esta melhoria estrutural. “A produção agrícola justifica o investimento. Executivo e Legislativo devem superar intransigências para atender as demandas da comunidade e atuar de forma mais transparente com os atos, discussões e decisões públicas”, destacam.
Ao contrário de alguns vereadores, Décio não vê financiamentos como endividamentos, e usa como exemplo o sucesso de investimentos em granjas de integrados possibilitando a sucessão familiar com geração de renda e qualidade de vida. “A reivindicação é da comunidade e o projeto é público”, opina.