O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE divulgou, na semana anterior, algumas informações importantes como resultados do Censo Agropecuário que o órgão realizou no ano de 2017. Lembro que o último levantamento anterior fora promovido no ano de 2006.
O IBGE estima ter visitado todos os estabelecimentos agropecuários do Brasil, computando um total de 5.073.324 propriedades agrícolas. Desse total 365.094, ou seja 7,2% localizam-se no Rio Grande do Sul, que é o quarto estado em número de unidades, ficando atrás da Bahia, Minas Gerais e Ceará.
No quesito de áreas cultivadas, a soma no País inteiro é de 351.289.816 hectares e comparativamente, o Rio Grande do Sul participa com 21.684.558 hectares, dado que representa 6,2%.
Ainda como ponto de referência, podemos considerar que no Brasil, um total de 15 milhões de pessoas trabalham nos estabelecimentos da agricultura familiar. E mais uma vez consideramos que no Rio Grande do Sul são 992 mil pequenos agricultores exercendo a profissão. E curiosamente, 80% dos estabelecimentos rurais gaúchos são agricultores familiares, ocupando, outrossim, apenas 25,3% da área cultivada.
Mais um aspecto para uma reflexão é a atividade de produção de leite no Rio Grande do Sul, a partir de informações obtidas pelo Censo 2017. Em 2006, tínhamos 204 mil estabelecimentos produzindo leite, com uma produção de 2,46 bilhões de litros por ano. O Censo de 2017, aponta uma redução no número de produtores, chegando a 129 mil estabelecimentos, mas com uma produção de 3,93 bilhões de litros por ano. Portanto, a produtividade melhorou, o rendimento por propriedade teve um crescimento considerável, não significando isso que tenha havido um ganho financeiro na mesma proporção.
Oportunamente deveremos fazer mais considerações sobre o Censo do IBGE, em especial no que se refere ao perfil das pessoas que continuam nas atividades da agricultura familiar. A idade média dos agricultores aumentou. Cada vez menos jovens atuam no meio. E o número de mulheres também cresceu.
PRONAF MUDA REGRAS
O Conselho Monetário Nacional autorizou ajustes em alguns aspectos e critérios relativos a Linhas de Crédito do Pronaf. Agroindústrias familiares que industrializam produtos, têm novos limites de financiamentos, com o teto sendo majorado dos anteriores R$ 12 mil para R$ 45 mil reais.
E outra mudança que pode ser atrativa para a agricultura familiar, é a novidade em relação à aquisição de máquinas e implementos usados. Nos casos de colheitadeiras, o teto pode chegar a perto de R$ 130 mil reais. Para os demais bens, tratores e outros, o teto passa a ser de R$ 80 mil reais.
FEIRA AGRÍCOLA
A 3ª Feira Agrícola de Forqueta, realizada nos dias 25 e 26, alcançou os objetivos desejados. Bom público, diversidade e atratividade na programação e o clima totalmente favorável.