O lançamento do meu livro – O Tempo é o Senhor da Razão e Outras Crônicas – sexta-feira na Casa do Museu teve o condão de unir passado e presente, convertendo-se num verdadeiro eletrocardiograma sem aviso prévio. Vou confessar uma coisa para vocês: passei o dia procurando motivos para me distrair, cuidar dos detalhes, para não lembrar das 19h, quando se iniciou o evento. Pela manhã, inclusive, estive em Santa Cruz do Sul para conceder uma entrevista à Rádio Gazeta. Depois deixei exemplares na Iluminura Livraria e Cafeteria, onde estive no sábado pela manhã.
No horário marcado havia mais de 20 amigos à espera do final da assinatura de convênio entre a prefeitura e escolas municipais para viabilizar obras de manutenção que antecedeu o lançamento. Tão logo a fila começou a andar – organizada pelas “minhas mulheres”, Cármen, minha esposa, e a filha Laura – o burburinho só cresceu.
Parentes, amigos, antigos colegas de aula, de futebol, leitores anônimos e eleitores do meu falecido pai (vereador eleito em 1968) fizeram da noite uma viagem pelo tempo. Mesmo para mim, velho escriba de centenas de crônicas, é impossível transpor para o papel a sucessão de sentimentos que, ao menos em três vezes, me fizeram chegar às lágrimas.
Lançado em novembro no Chalé da Praça XV, no centro de Porto Alegre, o livro esteve em Sant’Ana do Livramento e Uruguaiana, na Fronteira Oeste, além de Arroio do Meio e Santa Cruz do Sul. Foram exatos 2.023 quilômetros rodados. Ao revelar estes números, a pergunta seguinte é: quantos livros tu vendeu? Deu para pagar as despesas? Confesso que matemática é um trauma e o projeto da coletânea de crônicas.
O evento da Casa do Museu foi resultado de inúmeras mãos generosas. Agradeço pessoalmente a cada uma delas, mas vou omitir nomes porque certamente esquecerei vários. A cada dia lembro de alguém. Aí ligo ou envio uma mensagem de agradecimento pelo carinho, a gentileza e, acima de tudo, a paciência com este geminiano ansioso.
Obrigado a todos que estiveram presentes ou colaboraram de alguma maneira. Arroio do Meio, mais uma vez, não me decepcionou!

