O setor de transportes coletivos foi um dos mais impactados pela pandemia. Além dos decretos exigindo a restrição de circulação de pessoas e aglomerações nos veículos, a paralisação de alguns setores da economia interferiu diretamente na demanda pelo serviço.
Na rodoviária de Arroio do Meio, de acordo com a gerente Ane Tischer, praticamente todos os itinerários do interior foram suspensos. Nos suburbanos e linhas normais a Lajeado, Estrela, Encantado e Porto Alegre houve uma redução de 80%, sendo que a taxa de ocupação está inferior a 50%. “Pelo que reparamos, todas as empresas estão preocupadas em seguir as normas de higienização e recomendações sanitárias, e todos os passageiros que embarcam e desembarcam estão usando máscara”.
Sengundo Ane, até segunda-feira haverá novas adequações ao novo decreto de fechamento do comércio e indústrias em Lajeado, entre sexta-feira e segunda-feira, e possíveis novas regulamentações no decreto estadual.
Das empresas que circulavam no interior, apenas a empresa Transportes Irmãos Cé, retomou as atividades. O diretor Adailton Cezar Cé, segue sugestão da 11ª superintendência do Departamento Autônomo de Estradas e Rodagens (Daer) que permitiu um retorno gradual flexibilizado. Como forma de garantir o direito de ir e vir das pessoas e função social do transporte coletivo, a Irmãos Cé vai disponibilizar em formato de rodízio um itinerário diferente em cada turno do dia, atendendo todas as localidades com contrato em vigência.
Segundo Cé, a empresa foi fortemente impactada pelos decretos, pois além da redução de mais de um quinto das rotas do Daer, não está sendo realizado o transporte estudantil, nem o de trabalhadores e muito menos o de turismo, que são fontes de receitas importantes.
Apesar da retração orçamentária, ele frisa que todos os ônibus estão sendo higienizados diariamente após o uso. “Já adotamos essa medida há anos. Cada motorista é responsável pela higiene do veículo que conduz. A pandemia só reforça a necessidade”, explica.
Adailton, que também preside a Acisam e integra a CIC-VT, cobra medidas governamentais para contornar a crise econômica. Mais detalhes na página 5.