Alice Taís Dummel Weid, estudante do 2º ano do Ensino Médio da Escola Guararapes, de Arroio do Meio, foi selecionada juntamente com 34 meninas de todo o país, para integrar o projeto “elaSTEMpoder” (@elastempoder). Com uma conta no Instagram, que fala sobre mulheres cientistas que entraram para a história, o projeto busca mostrar o campo de estudos destas cientistas e como elas se destacaram em suas áreas. Além disso, o perfil divulga oportunidades para as meninas que sonham em se dedicar à ciência e tecnologia e oportuniza um curso.
Os objetivos principais são o incentivo e o empoderamento das mulheres para ocupar seu espaço também na área da ciência. Para muitos, ainda hoje, não é fácil lembrar de referências femininas quando o assunto é ciência, tecnologia ou área de exatas. Um estudo da Unesco publicado em 2018 mostra que as mulheres representam menos de 30% dos cientistas do mundo. “Esse projeto, na verdade, é uma forma da gente mostrar para a sociedade o nosso potencial e também incentivar novas meninas a fazerem parte da atividade de forma mais grandiosa, mais empoderada”, explica Alice, que integra o grupo Ciência para Meninas, desenvolvido desde o ano passado na Escola Guararapes.
Ela recorda que a seleção na qual participou ocorreu em duas fases: a primeira consistia em um questionário onde a candidata se apresentava, falando também sobre as atividades que participa e o seu interesse no curso. “Levou mais ou menos uns 20 dias até eles retornarem por e-mail falando que eu teria passado para a segunda fase, que era uma entrevista on-line, de 15 minutos, com uma das co-fundadoras do projeto”.
Alice destaca que sem o incentivo da professora de Física, Matemática e Química, da escola, Cristine Brauwers, não teria chegado onde chegou. “Quando passei para a segunda-fase eu mal podia acreditar. Chamei a professora dizendo que eu não sabia o que fazer a partir dali, mas ela continuou a me incentivar e quando tive a notícia de que passei para a 3ª fase, que é a realização do curso, fiquei sem reação, só conseguia chorar de emoção”, relata. Para a estudante, o fato de se destacar em uma seleção onde jovens de todo o país estavam participando é indescritível. “Vou fazer valer a pena cada segundo”, completa.
A criação do projeto
Com perfil empreendedor e trajetória de destaque em olimpíadas científicas, Briza Matsumura, de apenas 16 anos, é uma das fundadoras do projeto “elaSTEMpoder”. Aluna do Ensino Médio do Colégio Poliedro de São José dos Campos, Briza desenvolveu a iniciativa junto de outros jovens durante um workshop na III Conferência de Protagonismo Juvenil.
Além do perfil na rede social, outro objetivo do projeto é o desenvolvimento de um curso de soft skills (habilidades e competências) para encorajar meninas do Ensino Fundamental e Médio a tentarem uma carreira em áreas ocupadas majoritariamente por homens, como é o caso das áreas de STEM (sigla em inglês que representa as áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática).
Briza Matsumura desenvolveu sua primeira startup aos 13 anos e foi a pessoa mais jovem a participar do programa ProLíder, uma iniciativa da Fundação Estudar, que visa estimular o empreendedorismo de impacto social.


